domingo, 23 de janeiro de 2022

20 anos de Storm of Vengeance do Funeratus!!!


Você pode até acusar a banda Funeratus de ser apenas mais um seguidor do Krisiun, que em 2002 já era uma potência do brutal death metal brasileiro, mas acredito que 80% das bandas do mundo são seguidoras de alguém, afinal muitas não estão por aí por ter inventado a roda, mas por saber fazê-la girar bem e te levar a algum lugar. Então, se o primeiro álbum do Funeratus de Mococa, SP, te faz lembrar o som da galera de Ijuí, mas mesmo assim soa autêntico, devemos lhe dar todo crédito por acreditar na bandeira e se dirigir ao front com sangue nos olhos. A capa do play vai na linha monstruosa de bandas europeias, mesmo que seja com menos detalhes, casou bem com o logo da banda (que não por acaso tenho colado aqui na minha estante). A primeira coisa a chamar a atenção é a produção, muito acima da média das bandas brasileiras de brutal death em seu debut, graças a Tchelo Martins e Ciero do estúdio "Da Tribo", que deixou o som claro e potente. O baixo e vocais são de Fernando Trepador e a guitarra de André Nálio, ambos na banda até hoje, e a bateria ficou dividida entre os convidados Ronaldo William do Ancestral Malediction e Bruno Corrêa do Horned God, hoje oficializado no Funeratus. A bateria é muito veloz, e há blast beats por todos os lados. Temos riffs massacrantes, e certeiros, ouça "Soaked Blood Sword" para atestar. O baixo acompanha a pancadaria de forma apoteótica, preste atenção nas quatro cordas de "Universatan" e os vocais são guturais e um pouco abertos em alguns momentos, com todo o ódio que o estilo pede. Em "Miserable Mortals" temos a surpresa de riffs cavalgados que ficaram excelentes, e por todo o álbum há solos rápidos de guitarra muito bem tocados e encaixados. "Storm of Vengeance" é um autêntico fruto do brutal death nacional que completa 20 anos e que representou bem nosso underground nacional no início do milênio.

 

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