Você que já tem alguns bons anos de heavy metal deve ter se deparado com os dois primeiros álbuns do Goat of Mendes em lojas especializadas, em uma época em que os importados não eram tão mais onerosos quanto os álbuns nacionais. Do segundo e excepcional "To Walk Upon the Wiccan Way" para Thricefold passaram-se 5 anos, e talvez este tempo tenha servido de amadurecimento na proposta da banda, que era o de se concentrar mais no Pagan/Folk do que no black metal propriamente, mesmo que esta base não tenha se desgarrado da essência da banda alemã. A capa ultra verde já entrega esta visão mais próxima da natureza e o som continua variando momentos rápidos a outros menos velozes, onde a variação nos vocais são o grande destaque, com os graves e rasgados divididos entre o frontman Surtur e Maia. A novidade é a incorporação do violino em algumas músicas, como em "A Minuet of Ghosts", que tem uma passagem muito bonita com os vocais limpos e narrados de Maia. As guitarras sempre foram o instrumento principal do Goat of Mendes, e arranjos e riffs continuam marcando presença constante nas músicas. Méritos para Marcochias e Larz, juntos desde a primeira demo, auto-intitulada de 1996. quando Larz ainda atendia por Svarog. A bateria foi gravada por Ralle e o baixo dividido entre Marcochias e Aratron, que acabara de deixar a banda. Outro destaque vai para a empolgante faixa "Blood Moon Rising". Já "A Tale of Doom And Passion" traz características viking que deram uma renovada no som, outro grande destaque. Em "Of Torque And Antlers" Maia resolve soltar a voz limpa e cantada, já que geralmente seu vocal é narrado ou gritado, e o resultado ficou bom, principalmente quando em dueto com Surtur. Um álbum que não muda o mundo mas feito com a alma, e é o som de uma banda que conheci há muitos anos e acho muito legal. Se você curte Cruachan, Thirfyng e Manegarm, deveria ouvir.
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