quarta-feira, 27 de abril de 2022

20 anos de Angelgrinder do Lord Belial!!!


Outro grande álbum que completa 20 anos neste mês de abril é Angelgrinder da banda sueca Lord Belial. Conheci a banda através deste álbum quando foi lançado pela Hellion Records no Brasil em 2002 e fiquei surpreso com a brutalidade do trabalho. Angelgrinder é o quarto full da banda e marca uma mudança, pois incorpora mais agressividade ao black metal praticado pelos músicos, fundindo o metal negro ao detah metal extremo, através de riffs destruidores. A temática continua chifruda, mas o visual da banda está mais old school, como bárbaros da carnificina em meio a ossos sangrentos e armas cortantes, e a arte lembra o Inferno de Dante. Formada por Thomas Backelin nos vocais e guitarra, Fredrik Wester na guitarra, Andres Backelin no baixo e piano e Micke Backelin (seriam 03 irmãos?), após uma intro eles apresentam a faixa título que começa bem rápida mas muda para algo mais acústico e bem bonito, voltando à pancadaria em seguida. Já "Satan Divine" é uma ótima regravação original no primeiro álbum da banda, o "Kiss the Goat", cheia de mudanças de andamentos e um dos melhores momentos do trabalho. "Burn the Kingdom of Christ" é um tanque de guerra desgovernado onde Thomas vocifera com mais ódio que o normal, enquanto "Unrelenting Scourge of War" é a típica faixa épica, presente na maioria dos artefatos do estilo, com um belo riff repetido à exaustão, duração próxima dos 9 minutos, algum instrumento atípico para incrementar (neste caso a flauta), uma bela passagem mais calma com leve incursão de teclados e a tendência de sempre fazer com que você sinta vontade de ouvi-la de novo e de novo. Uma faixa chamada "Purify Sweden" aparentemente foi limada do álbum pela gravadora No Fashion Records, talvez para evitar equivocadas acusações racistas (a palavra purify sempre causa este tipo de problema) ou para evitar retaliações religiosas, mas a banda a lançou num single no ano seguinte. A produção de Angelgrinder foi de Andy LaRocque (guitarrista do King Diamond) e a versão nacional tem 2 covers sensacionais, um para "Massacre" dos mestres do Bathory e outra para "The Trooper" do Iron Maiden que ficou uma desgraceira impiedosa. Álbum excepcional!
 

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