domingo, 3 de abril de 2022

20 anos de Waking The Fury do Annihilator!!!


O sempre prolífico Jeff Waters retornava em 2002 com o segundo álbum contando com as vozes de Joe Comeau, o "Waking the Fury", lançado pela Steamhammer. O álbum, gravado por Jeff, Comeau e Randy Black na bateria, mas que se apresenta como quinteto na capa, inicia o trabalho com a paulada "Ultra-Motion", uma música que, mesmo que não seja nenhuma maravilha, coloca um saco plástico em sua cabeça e te impede de respirar, e isso às vezes não é muito legal, principalmente se você sofre de asma ou qualquer outra doença respiratória. "Torn" vem na sequência numa velocidade que dá para apreciar melhor a paisagem, e a voz de Comeau está bem legal, apesar de algumas coisas feitas por Jeff nesta música me incomodarem um pouco, e te fazem lembrar que às vezes o simples é mais assertivo. Já "My Precious Lunatic Asylum" soa embolada, numa tentativa de incorporar novamente o industrial e repetir velhos erros. Ela até muda da metade pra frente e as partes que antecedem o solo são bem legais, mas poderiam ter sido gravadas de forma mais orgânica, que seriam bem mais legais. O solo, só pra constar, é excelente. "Striker" é uma música legal, quando ela rola você pensa que poderia ser a faixa de abertura, mas os riffs novamente vão minando sua paciência. Não que sejam ruins, não tive oportunidade de ouvir esta música ao vivo e acredito que ela deva detonar, mas a produção do próprio Jeff Waters deixou o som parecido com o de um vídeo game. Uma das melhores faixas deste álbum é "Ritual", se você não conhece o álbum e for lá no YouTube agora e ouvir esta música, certamente vai querer ouvir outras, mas não condene esta resenha sem realmente ouvir o restante. "Ritual" fala da dependência de drogas de forma interessante comparando a uma religião, poderia ser uma ideia melhor desenvolvida pois é uma letra muito resumida. Podemos destacar ainda "The Blackest Day" com uma pegada mais próxima dos velhos tempos da banda, "Nothing To Me" que soa como um filho bastardo de W.A.S.P. e Motley Crue, e mesmo destoando do restante do trabalho, ainda é bem legal, e a pegada quase hard core de "Cold Blooded". Não é um clássico, mas tem seus momentos interessantes.

 

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