quarta-feira, 30 de março de 2022

20 anos de Power of the Dragonflame do Rhapsody!!!


A introdução pode até ser mórbida, mas você não encontrará mais nada próximo ao metal negro no 5º full lenght dos italianos do Rhapsody. De "Knightrider of Doom" em diante apenas o metal sinfônico que arrebanhou milhares de fãs ao redor do mundo, com toda a pompa que o estilo exige. Comparando "Power of the Dragonflame" ao álbum do ano anterior, temos uma carga musical mais sólida, com todas as músicas com vocais e muitos corais, ao passo que "Rain of a Thousand Flames" apresentava apenas cinco músicas com vocais e o restante instrumental. Há algumas coisas pouco habituais na carreira da banda, como a agressividade em "When Demons Awake", onde Fabio Lione canta algumas partes com uma voz rasgada e totalmente diferente de seu normal, sem que isso soe forçado, ou que fosse necessário chamar alguém do Venom para cantar no álbum (haha, se você conhece muito de power metal irá entender a indireta). Aliás, mesmo que este álbum seja motivo de olhos marejados para marmanjos e moçoilas amantes do gênero, não há como não destacar novamente os vocais de Lione. Como este camarada das madeixas encaracoladas canta. É simplesmente sensacional. Em "Lamento Eroico" temos a primeira faixa com a letra inteira em italiano, mas a banda nunca abriu mão de introduzir sua língua natal, incluindo o pré refrão de "Knightrider of Doom". Os teclados de Alex Staropoli estão ainda mais afiados e são essenciais para a banda, preenchendo todos os espaços e fazendo camadas como se fosse uma grande orquestra. Luca Turilli parece ter guardado vários riffs precisos ao longo dos anos para este trabalho que encerra a saga da Espada Esmeralda. Enfim, o álbum que acaba de completar 20 anos é um clássico do estilo, mesmo que eu prefira a ingenuidade dos primeiros. O trabalho fecha com a épica "Gargoyles, Angels of Darkness", com seus 19 minutos. Seu início com violão é belíssimo, a próxima parte não é ultra veloz nem tão orquestrada como o restante do álbum, na terceira parte temos sim toda a carga emocional característica da banda e o final retorna com a introdução mórbida "In Tenebris", o melhor final possível para esta obra. 

 

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