sábado, 19 de março de 2022

20 anos de Let's Start a War do Master!!!


A banda de Paul Speckmann sempre rastejou pelo underground com um som de enorme competência e, mesmo que o nome Master esteja num patamar elevado para os fãs de Death Metal, a banda nunca figurou entre os maiores medalhões do estilo, ficando um degrau abaixo de outras como Morbid Angel ou Cannibal Corpse. Mas o Master é um monstro que nunca se importou com os holofotes, se preocupando em ser líder no submundo do caos que existe no metal. Claro que o álbum "Let's Start a War" não começou nenhuma guerra, afinal elas começam por motivos brotados na mente de egos inflados pelo poder de alguns que não se preocupam com a linha de frente de sua nação que estará no fogo cruzado, mesmo porque Speckmann e companhia sempre se preocuparam com seus súditos, entregando obras desgracentas de pura destruição. Este álbum não reviverá clássicos absolutos como o debut autointitulado e "On The Seventh Day God Created...Master", mas será apreciado de ponta a ponta, iniciando com "Cast One Vote", que se aproxima demais do Thrash, lembrando os melhores e mais sujos momentos do Sodom, seguindo a mesma pegada em "American Freedom". Então temos algo impensável, uma versão para "Miss Misery" da banda Nazareth, um clássico de 1975 do álbum "Hair of Dog" que ficou absolutamente maravilhosa. Aquela riff de guitarra combinou de forma empolgante com a guitarra suja do Master. Depois temos "Dictators" e a faixa título, bem mais próximas do Death metal natural do Master, inclusive com algumas linhas de bateria bem próximas do álbum "Master". Quem acompanhou o líder baixista e vocalista foi o excelente guitarrista Peter Christopher, hoje no Krabathor e na bateria Libor Skull, hoje no Bloody Lair, creditados no álbum como os presidenciáveis Ronald Reagan e Harry Truman. A pancadaria segue com "Protege", "Every Dog Has Its Day" e "Command Your Fate" que muda de repente de um riff comum e repetitivo para outro riff animal em sua parte final. "Purchase a New Handgun" é outro momento surpreendente, pois baixou o espírito Lemmy em Speckmann e mandaram um Blues do capiroto com vocais do metal da morte que ficou foda demais pra você encher a cara com ela de fundo. "Watch What You Wish For", única faixa descartável do play, pela barulheira sonoplasta, vem antes do final com a curta "Disturbed". Pode ouvir sem receios!

 

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