sábado, 22 de abril de 2023

20 anos de Viva Emptiness do Katatonia!!!

 


Confesso que nenhuma empolgação me atinge quando tenho pela frente qualquer álbum do Katatonia pós "Brave Murder Day" para resenhar. Mas como se vão mais 20 anos de um álbum dos suecos, que são uma banda ainda relevante no cenário, para muitos fãs, mas não todos, vamos ao trabalho. Começando pelo que este "Viva Emptiness" tem de bom: primeiro é a arte da capa, que traz uma criança caminhando sozinha em um mundo aparentemente desolado, em tons de cinza (não são 50 tons, oh glória!). Stephen King, que sempre coloca alguma criança no centro de suas obras caóticas amaria esta capa, ainda mais com aquele abutre (ou seria um corvo?) à espreita no poste. Segundo ponto positivo é a produção, a cargo dos próprios músicos Anders Nyström e Jonas Renkse, que deixou tudo bem claro, mesmo que as guitarras soem mais sujas que nos 2 trabalhos anteriores. Estes músicos, inclusive, fazem parte também do Bloodbath (com Holmes do Paradise Lost nos vocais) e despejam um som verdadeiramente metal na outra banda. Bom, os pontos positivos acabam por aí, porque ouvir este álbum é um tormento. Aqui e ali até aparece uma guitarra mais pesada (por uns 5 ou 10 segundos) e tudo volta à normalidade incolor da banda. Se a banda queria soar melancólica, ela falhou terrivelmente, e o trabalho, pelo menos em mim, não conseguiu arrancar nenhum sentimento. Tudo muito parecido, soando como "post rock" ou seja lá como chamam isso. E cada vez que a banda anuncia um novo lançamento vejo as pessoas se mobilizando e com expectativas, então, ainda há muitos apreciadores desta música chata. Ouvindo o álbum, somente em dois momentos minha atenção foi chamada, no início dos vocais de Renkse em "Sleeper" e numa melodia de guitarras quase no final de "Complicity". Quase nada em mais de 52 minutos de música.

Nenhum comentário:

Postar um comentário