sábado, 27 de maio de 2023

20 anos de Rheingold do Grave Digger!!!

 


Os medalhões do power metal alemão, sob a alcunha de Grave Digger, chegavam a seu décimo petardo em 2003, o excelente "Rheingold", álbum baseado na história do Anel Nibelungo, escrita pelo compositor e também alemão Richard Wagner. A arte da capa a princípio é legal, como quase sempre acontece nos trabalhos do Grave, mas depois de anos eu acho esta arte um pouco estranha, parecendo uma colcha de retalhos, o que não tira o mérito de seus personagens muito bem desenhados individualmente. Musicalmente falando, "Rheingold" é espetacular. Tirando o refrão da faixa título, para mim, a única passagem que não combina em nada com todo o resto, pois ela quebra totalmente o ritmo da música. Mas isso se compensa com os próximos hinos. "Valhalla" é excelente, um power/speed de tirar fôlego de dragão, mesmo que carregue o estigma Grave Digger de refrão com apenas uma palavra. "Giants" também tem as mesmas referências. Já "Maidens of War" é uma das melhores faixas do álbum em minha opinião. Mais épica, com refrão melódico e solo de guitarra impressionante, é uma falsa balada "power" com muito peso. "Sword" tem um início sensacional, enquanto "Dragon" tem um dos melhores refrãos do play, um riff com groove maravilhoso, enquanto quase próximo do fim temos aquela passagem de baixo e teclado e o coral de "kill kill" antecedendo um pequeno solo de guitarra criado para tirar lágrimas de alegria. Perfeito! "Liar" é a canção mais curta (depois da intro "The Ring") e entrega um power rápido com riffs quase thrash. "Murderer" é uma boa faixa, mas acredito que os teclados tenham tirado um pouco o brilho, fazendo com que ela soasse como a menos inspirada do trabalho, e o álbum fecha com a ótima "Twilight of the Gods", um épico com show de todos os músicos, uma bateria precisa, riffs agressivos e um refrão direto e forte que encaixa ao instrumental como uma espada na bainha. Sensacional, mesmo após 20 anos.

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