terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

20 anos de Thunderball do U.D.O.!!!


Certa vez comentaram em uma de nossas resenhas que o legal de lê-las é que o que temos que criticar nós criticamos, ao invés de passar pano como alguns. Ok, não estamos aqui para esculachar ninguém, a não ser é claro que seja algo impossível de não resenhar, como o "St. Anger" por exemplo, mas alguns detalhes precisam ser alvejados, como essa capa horrorosa que a banda U.D.O. usou em seu nono trabalho. Lógico que todos sabem que arte de álbum não é o forte do baixinho, nem mesmo na época de Accept, então deixa passar e pulemos ao som. "Thunderball" não é nenhum clássico, não reinventou a roda e nem decepciona. É um típico álbum de heavy metal. E precisa mais que isso? Acredito que não. Basta nos proporcionar 45 minutos de entretenimento sem vontade de pular faixas ou trocar de bolacha, e está tudo certo. A faixa título que abre o petardo até assusta um pouco, pois parece que o vocal está um pouco acima do normal, mas depois você vai se acostumando. Acredito que este trabalho seja até um pouco mais hard rock que o anterior, e certamente menos pesado, mas temos momentos bem legais, onde Udo usa do artifício de vozes dobradas para deixar as coisas mais interessantes, como na faixa "Fistful of Anger" com um refrão rock 'n roll que vai fazer você balançar as madeixas. Em contraponto temos uma faixa como "The Land of the Midnight Sun" com uma veia épica e letra fantasiosa, enquanto "Hell Bites Back" tem aquele riff tipicamente alemão, que poderia estar em um álbum do Running Wild. Resumindo, U.D.O. conseguiu reunir algumas qualidades em seu álbum, sem que ele se tornasse uma colcha de retalhos, talvez por saber que não tinha em mãos um álbum primoroso, mas que não faria ninguém torcer o nariz, e assim tornar sua audição mais interessante. O mais diferente de tudo porém, é uma faixa chamada "Trainride in Russia (Poezd po Rossii), que se não for uma adaptação para alguma canção da cultura russa, é claramente uma homenagem, e ficou legal, é um dos destaques do play. Como eu disse, não é para mudar o mundo, mas garante bons momentos.
 

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