quarta-feira, 9 de abril de 2025

20 anos de The Middle of Nowhere do Circle II Circle!!!


Depois de deixar o Savatage, montar o Circle II Circle e gravar seu primeiro álbum, "Watching In Silence" em 2003, Zak Stevens viu toda a banda se desmantelar para juntarem-se ao novo projeto de Jon Oliva, o "Jon Oliva's Pain". Partindo para uma segunda empreitada, Zak convocou os guitarristas Evan Christopher e Andrew Lee, o baixista e vocal de apoio Michael Stewart e o baterista Tom Drennan, todos meio desconhecidos no mercado musical. Lançaram o EP "All That Remains" e logo em seguida o álbum completo "The Middle of Nowhere", pela AFM Records, em 2005. A introdução de "In This Life" remete a alguma coisa já utilizada e passa a sensação de continuação, mas no momento não consigo lembrar o quê. Obviamente, e creio que por causa da voz de Zak, o Circle II Circle continua lembrando o Savatage, mas neste segundo trabalho eles até tentaram se distanciar um pouco deste fantasma. Não vejo motivo, uma vez que a banda já havia se desfeito após o último ato Poets And Madman de 2001, e todos nós precisávamos de uma continuação de seu legado. "In This Way" começa como uma balada e você fica se perguntando se colocariam uma música assim para abrir o trabalho, mas lá pelos 2 minutos entram as guitarras pesadas, suportadas pela cozinha. O ritmo não dura muito assim, ela logo fica mais atenuada, porém com o mesmo peso e logo entra um longo e belo solo de guitarra, para compensar a falta de solos no primeiro trabalho. "All That Remains", a faixa de destaque do EP vem com mais peso e energia, riffs empolgantes e um vocal forte e consistente, uma música que pela construção, pode agradar a fãs de Nevermore. E por falar em energia, "Open Season" é ainda mais animada e direta e um exemplo do esforço da banda de se afastar do som do Savatage. Temos muitos solos de guitarras nessa faixa também. "Holding On" deve agradar mais a galera da banda de Oliva, com uma veia mais épica e progressiva. Mais à frente temos uma das músicas mais legais deste álbum, "Psycho Motor", onde Zak solta a voz e temos um riff simples mas bem tradicional, além de um refrão em coro que difere do contexto da canção, e que casou bem. Outro grande destaque é a faixa título, na mesma pegada de uma "Chance", com aquela sobreposição de vozes que somente o Savatage sempre soube fazer com maestria. "Lost" é uma balada, essa sim, e fecha o trabalho com violão e teclado, de forma melancólica (no sentido bom) mostrando que Zak Stevens é uma das maiores vozes no metal. Não é superior ao debut, mas é bem legal. 

 

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