segunda-feira, 7 de abril de 2025

20 anos de Paradise Lost do Paradise Lost!!!


Quando fiz as últimas resenhas do Paradise Lost, citei que a banda estava voltando à boa música quando lançou "Symbol of Life". Não que isso torne aquele álbum uma peça de Doom Metal, mas trouxe de volta guitarras e algo que andava faltando à banda: criatividade. Pois bem, em 2005 eles lançaram este álbum que traz o nome da banda, talvez numa tentativa definitiva de gritar que eles estavam de volta. Na realidade este é um álbum mais pesado e mais metal que o anterior, mas acredito que a criatividade não esteja à mesma altura. Se por um lado temos mais peso e guitarras ditando as regras, e os vocais de Nick Holmes soando como deveriam, (ao menos naquele momento, pois eles iriam melhorar muito depois), por outro as músicas não variam muito, ao menos dentro delas mesmas, e sabemos que a banda poderia fazer melhor que isso. A veia gótica é grossa e cheia de sangue, nada dos velhos tempos de death incrustado no som. Você pode até dançar em músicas como "Forever After" se esta for sua praia, mas existe uma tendência melancólica em todo o álbum que não vai deixar você dançar para expulsar seus demônios, mas ao contrário poderá alimentá-los e exortá-los. Mas os caras mostram que sabem transformar algumas coisas que poderiam soar terríveis em algo genuíno, como na faixa "Sun Fading", que se não fosse a mão pesada de Makintosh e a magia que Nick consegue trazer para as melodias que saem de sua garganta, essa música soaria como aquela banda famosa da Suécia que teve seus dias melhores até o segundo álbum em 1996, aquele com o cadáver do pássaro na capa roxa. Falar em capa, a do P.L. traz a figura feminina com as costas cheias de espinhos e usando a máscara que os médicos usavam para evitar o miasma da peste negra. O efeito do reflexo deixou a coisa interessante. Também usamos esta máscara para evitar o miasma da fase eletrônica da banda. Enfim, ouvir o álbum autointitulado do Paradise Lost é como montar uma vitamina com ingredientes de "Symbol of Life" e "Icon" em doses menores. Irá satisfazer sua vontade de ouvir algo pesado destes caras novamente, mas vai ficar uma vaga sensação de que eles estavam apenas no caminho certo para um real retorno ao que a maioria almejava, para o bem do Doom Metal mundial. A maior prova é a derradeira faixa, "Over the Madness", essa sim com um riff pesadíssimo que chamará sua atenção instantaneamente.

 

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