sábado, 18 de outubro de 2025

20 anos de Chimaira do Chimaira!!!


A banda Chimaira, de Cleveland nos Estados Unidos, é comumente associada ao NWOAHM, uma versão americana dos anos 2000 em contrapartida à New Wave da Inglaterra dos anos 80. Com um álbum autointitulado em 2005, seu terceiro trabalho, o sexteto (?) abdicou de alguns elementos mais eletrônicos de seus 2 primeiros álbuns para ostentar uma vertente mais tradicional, apesar de ainda continuar soando como uma banda de groove/metalcore. Mas os fãs de Thrash Metal se surpreenderam com vários riffs extremamente encaixados na proposta post thrash, principalmente nos elementos encontrados em alguns capítulos de Machine Head e Lamb of God. Acostumado a trabalhos mais groove da banda, ao ouvir esta pancada, fiquei muito entusiasmado, pois até o momento este álbum é o mais próximo daquilo que eu realmente aprecio quando o assunto é agressividade e peso no groove. O groove por si só é um bolo que você aprecia no momento, mas ele te deixa empanzinado e pode causar vômitos. Já o groove com thrash é aquele bolo que você come e repete 2 pedaços antes de libertar um sonoro arroto de satisfação. As 2 músicas de abertura, "Nothing Remains" e "Save Ourselves" definem bem a magnitude deste trabalho. Mesmo que a estrutura destas músicas caminhem pelo metal mais gordo, volta e meia entra um riff old school (pero no mucho) para te fazer levantar da cadeira e olhar o que realmente está acontecendo. Os vocais de Mark Hunter também ajudam a curtir este som, na linha de Randy Blythe, porém caminhando na direção de Burton C. Bell, ex Fear Factory. As músicas são longas, passando em sua maioria de 5 minutos e as letras às vezes me parecem bem individuais, contando algumas situações de vida e família do vocalista, como em "Left for Dead". A arte da capa, criada por Garret Zunt, que também fez a anterior (branca e vermelha), agora se concentrou no preto e branco, e para ficar melhor eu colocaria o logo da banda maior e sobre as figuras. O baterista recrutado para este petardo foi Kevin Talley, que na época socava os kits da banda de death metal Dying Fetus, portanto, acostumado a groove e desgraceiras. Completam o time os guitarristas Rob Arnold e Matt DeVries, o baixista Jim LaMarca e o tecladista Chris Spicuzza. Outro grande momento no play fica com solos de guitarra. Ouça "Everything You Love" e comente sobre o solo.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário