Tem que ser muito fã. Começando a resenha com esta frase nada encorajadora revisitamos o 7º álbum de estúdio dos britânicos que ajudaram a colocar em erupção a segunda fase do Doom Metal mundial (se considerarmos Candlemass e seus congêneres os percursores). E se biblicamente o 7 é o número da perfeição, então estamos mesmo todos ao inverso, já que falamos do Paraíso Perdido. Porque seguramente Host é o disco mais fraco do PL. Bem, pode ser que você goste dele e de nenhum outro, aí já é questão de gosto e sua praia não é o Metal, porque Host é tudo menos isso. Uma viagem gótica eletrônica seria mais adequado para classificar o trabalho, que tem uma capa simples, porém bela e adequada para o álbum, já que os músicos estão com os rostos desfigurados e irreconhecíveis, assim como sua música, que amamos em álbuns como Draconian Times, Icon e Gothic por exemplo. Quase nada de guitarra pode ser ouvido no play, mas teclados estão lá o tempo todo. Lembra da resenha do Tonight's Decision do Katatonia que fizemos há poucos dias? A coisa caminha mais ou menos por aí, com o teclado aqui substituindo a guitarra mas com um diferencial gigantesco. Nick Holmes canta muito em qualquer estilo que passeia, no Doom, no Gothic ou no Death Metal e ouvir as músicas de Host só não vai te fazer tirar o CD e colocar um Shades of God para ouvir porque o cara manda muito bem. Ouça Nothing Sacred e a bela It's Too late. Estas músicas com certeza irão tirar o gosto amargo de sua boca toda vez que se lembrar de Host. E mesmo com todos os barulhos eletrônicos insuportáveis de Permanent Solution, Holmes solta a voz e nos brinda com uma de suas melhores performances, (neste álbum, é claro.) Ouça de mente bem aberta, sem aquela sede de bater cabeça. Deita numa rede, toma um vinho e relaxa. E quando terminar Host (a música) que fecha o play, coloque pra rodar um Tragic Idol por exemplo. E deixa a vida seguir...
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