Dizem que o 3º álbum de qualquer banda significa a reafirmação dela no cenário ou sua queda definitiva. No caso do Machine Head, podemos dizer que foi uma queda, mas não definitiva, pois a banda conseguiu se reerguer anos depois. Mas uma coisa é fato. Se Robb Flyn e Cia Ltda tivessem dado sequência no som de The More Things Change... e o arregaçador Burn My Eyes, com certeza a banda seria considerada hoje uma das maiores do mundo, mas o álbum de nossa resenha de hoje na verdade tirou muitos fãs da reta do MH. Ok, a virada do milênio eminente parece ter virado também a cabeça de muita gente importante do Metal, como Dave Mustaine, Mille Petroza, Nick Holmes e todos os seus asseclas, incorporando pop, gótico, eletrônico em seu som, mas o Machine Head foi na onda que crescia e que mais aterrorizava os metalheads, que foi o New Metal. O estilo criado pelo Sepultura e que o Korn jura que é seu e ficou conhecido aqui como Pula-Pula, pois ao invés de bater cabeça e fazer air guitar a galera salta como sacis ao som de guitarras gordas com afinações baixas e vocais carregados de referências Hip Hop. Mas The Burning Head não é 100% esta mistureba, ainda dá para curtir bons momentos no disquinho. Nothing Left é uma música legal, com uma pegada bem na linha do segundo álbum e Silver intercala momentos calmos e a gritaria convencional de Flyn, num dos melhores momentos do álbum. From This Day tem lá sua boa pegada nas partes Post Thrash, e se sua mente for bem aberta, as partes Hip Hop podem até agradar, apesar de alguns efeitos na voz e nas guitarras serem bem deprimentes. Message In a Bottle, cover do The Police ficou bem legal aqui. Num simples e franco resumo de The Burning Red podemos afirmar que sua fama o precedeu. Muitos fãs que souberam da nova fase e visual da banda sequer chegaram a ouvi-lo para uma conclusão correta. Com certeza a banda não teria sido tão malhada caso isso acontecesse , pois a mão com os melhores momentos do play pesa bem mais que a outra.
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