O Metal e Loucuras irá completar 10 anos em novembro deste ano. E para comemorar vamos voltar a publicar algumas entrevistas com as melhores bandas do cenário nacional. Para reinaugurar esta seção, trazemos para vocês uma das melhores bandas de Doom Metal nacional, que depois de uma pausa está de volta e com novidades. Toque no banner e ouça um pouco do som da música Regret, presente no primeiro álbum de 2003, enquanto lê a entrevista com a criatura finíssima Luiz Toledo, baterista da banda.
01 –
Começamos com o relançamento do álbum “Under The Mind’s Sheet” pela Tales From
The Pit Records. Como aconteceu esta parceria?
Toledo: O contato teve início com o grande
amigo Leandro Fernandes (Distro Eclipysys Lunarys), que sempre entrava em
contato comigo perguntando sobre os nossos trabalhos e etc... em um determinado
momento estávamos para voltar com a banda e numa conversa com ele citei que
estávamos procurando um selo para relançar algum material nosso. Então o Leandro
me passou o contato do Filipe da Tales From the Pit Records e então fechamos a
parceria em relançar o “ Under The Minds Sheet” juntamento com o EP “Souls
Fragments” de bônus.
02 –
Existem planos para relançar o clássico “...and in the Forbidden Sky” de 2003?
Toledo: Confesso que temos planos para
relançar o “And in the Forbidden Sky”, porém ainda não recebemos nenhum tipo de
oferta para que o mesmo ocorra. Mas estamos abertos e negociações!
03 –
A banda ficou uns 02 anos parada e provoca expectativas para este retorno em
2018. Quanto é difícil fazer parte de um estilo tão underground quanto é o
Death Doom no Brasil?
Toledo: Na verdade, a banda teve seu fim em
2011... em 2015 fizemos alguns ensaios mas por problemas de horários não
tivemos como nos dedicar 100% com a banda, então decidimos dar outra parada até
que todos nós pudéssemos dar 100% para a banda. Então no segundo semestre de
2018 voltamos a ativa. Confesso que não temos a pretensão de viver da nossa
música, pois sabemos o quanto é difícil ainda mais no país em que vivemos e ainda
mais tocando Doom Metal, mas estamos aí para mostrar o nosso trabalho apesar de
todas as dificuldades do estilo!
04 –
Mesmo assim percebemos um crescente interesse pelo estilo ultimamente, com
bandas calejadas que persistem com lançamentos excelentes como o Mythological
Could Towers, Eternal Sorrow, e outras emergentes como Abske Fides, Pantáculo
Místico e Dying Suffocation representando bem o Doom nacional. Isso motivou o
retorno do Eternal Fall?
Toledo: Sem dúvida o Doom Metal está em
alta no Brasil e em todo o mundo, hoje em dia a mídia cede mais espaço para o
estilo, coisa que não ocorria quando começamos em 1995, os produtores brasileiros
estão dando maior apoio ao estilo também e não posso deixar de citar o grande
trabalho feito pelas bandas nacionais de Doom que tem mostrado profissionalismo.
Isso tudo nos deu um gás a mais para esse retorno, porém o que mais motivou o
nosso retorno foi o amor ao estilo e também ao nosso trabalho e esperamos em
algum momento dividir o palco com as grandes bandas citadas por você!
05 –
Festivais como o ThorHammerFest ajudaram no crescimento do Folk, Viking e
estilos parecidos. Falta um festival como este para catapultar o Doom no país?
Como está a programação de shows para o Eternal Fall e a dificuldade para tocar
hoje em dia?
Toledo: Realmente falta um festival
especifico de Doom no Brasil. Aqui em Belo Horizonte rolou o Doom Over BH por 3
anos seguidos porém por falta de apoio já fiquei sabendo que esse ano o
festival não vai acontecer, o que pra nós é uma pena! Inicialmente iríamos
participar desse festival que citei acima na versão 2018 mas por um problema
de saúde em minha família não tocamos... estamos sempre abertos a propostas de
show, só entrar em contato conosco!
06 –
Under The Mind’s Sheet tem um clima bem interessante, onde belos arranjos de
teclados e dedilhados se intercalam a bases ultra pesadas como por exemplo na
música “Amaldiçoado”. Quais foram as bandas que influenciaram vocês?
Toledo: Primeiramente agradeço pelo elogio,
o Under the Minds Sheet foi composto num período bem conturbado na banda, onde
estávamos trocando de vocalista na pré-produção do disco, só que na mixagem
nosso antigo vocal retornou à banda e regravamos todos os vocais e
acredito que tudo isso contribuiu para o clima denso e melancólico do disco.
Acredito que as maiores influencias da banda sejam: Anathema (old), My Dying
Bride, Paradise Lost, Darkthrone, Boltthrower, Morgoth entre outras...
07 –
Voçês têm planos para registrar material novo em breve?
Toledo: Recentemente passamos por uma baixa
na banda, nosso amigo Anderson (baixo) decidiu deixar a banda e então
recrutamos o Nelson Guerreiro para ocupar o posto de baixista, então além de
estamos nesse momento repassando todo o repertório com o Nelson, já estamos
criando material novo para um futuro lançamento.
08 –
O Metal e Loucuras agradece muito a sua participação. Espaço aberto a suas
considerações finais.
Toledo: Gostaria de agradecer imensamente o
nobre amigo Nilson Doommaker e a todos do Metal e Loucuras pelo espaço cedido, foi um prazer participar com esta entrevista e espero retornar com mais informações do nosso trabalho para vocês em breve.
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