segunda-feira, 1 de abril de 2019

Entrevista com .Ex-Machina.


Hail criaturas noturnas! Prosseguindo com este ano especial em que o Metal e Loucuras completa 10 anos, trazemos para vocês uma entrevista exclusiva com Willye Rodrigues, guitarrista da banda de Metalcore .Ex-Machina. que está há mais de 20 anos na cena nacional. Clique no banner para ouvir a música Noise Grind do EP Shot In Your Face de 2010 e confira novidades e curiosidades a seguir.


M&L – O .Ex-Machina. prometeu a gravação de um DVD para comemorar os 20 anos de banda num show na casa Matriz dia 10 de novembro último. Tem previsão para este lançamento?

Willye Rodrigues – Primeiramente, obrigado pela oportunidade de dar essa entrevista e de poder falar um pouco mais da .Ex-Machina.. Então, infelizmente o DVD com o show não vai mais acontecer por conta de problemas técnicos com as câmeras no dia, mas estamos juntando material antigo para um DVD em comemoração aos 20 anos da banda que vai ter shows antigos e entrevistas com ex-integrantes. Mas em relação ao show de 20 anos, o áudio foi captado e estamos mais ou menos com 50% do processo de mixagem pronto e acredito que, nos próximos dois meses já teremos uma previsão de lançamento dele que ainda será no primeiro semestre. 

M&L – Eighteen Years Dying foi o debut da banda, com um título bem sacado, já que vocês comemoravam 18 anos de existência quando foi lançado. Por que demoraram tanto para um primeiro álbum?

Willye Rodrigues – (rindo) Realmente o nome é bem sacado mesmo porque, ele saiu no ano em que a banda estava fazendo seus 18 anos apesar de que era pra ter saído junto à comemoração dos 15. A .Ex-Machina. antes do 18 Years Dying  já havia lançado as demos a Beyond Aggression em 1999 e a Perverted em 2004 e em 2007 foi lançado o EP A Shot In Your Faith que foi relançado pela 53HC em 2010 num Split com a banda Severa. Acho que foi por isso que deve ter demorado tanto e como disse, ele era pra ter saído em 2013, mas acabou saindo em 2016 e também às mudanças de formações já que, da banda que gravou o Shot só sobrou o nosso baixista/vocalista Leönidas Viegas.

M&L – E agora que a porteira abriu, existem preparativos para um novo álbum?

Willye Rodrigues – Um full-album ainda não sabemos quando vai sair, mas vai sair um EP ou quem sabe um Split com outra banda ainda sem data e nome. Já temos umas 5 ou 6 musicas com as guitarras e letras prontas que vão ser incluídas nesse próximo lançamento, que será gravado ainda esse ano pelos nossos planos. Só estamos reestabilizando a formação da banda com a volta do guitarrista Wilson Bicalho que foi o guitarrista no Perverted  e no Shot. Também estamos na busca de parcerias com selos e distribuidoras para os futuros lançamentos e quem sabe também relançarmos os nossos materiais antigos.

M&L – Eighteen Years Dying foi lançado de forma independente. Como tem sido a divulgação e como está sendo a resposta a ele?

Willye Rodrigues – Quando entrei o CD já estava com dois anos de lançado, mas ainda estamos divulgando o mesmo e depois da minha entrada já saíram dois Lyric Videos das músicas Pelego que no CD teve a participação do Ricardo Neves que é baixista do Mutilator e Charles Bronson (Desejo de Matar 666), esse último saiu há poucos dias oriundos da nossa parceria com o Karai art.rock.culture que gerencia a nossa loja on-line. Mas a resposta que temos vindo do público é boa já que vemos pessoas nos shows pedindo algumas das músicas pelos seus nomes e acho que ainda não vi resposta melhor que essa.  



M&L – As músicas intercalam letras em português e inglês. Por que não definir apenas um idioma?

Willye Rodrigues – Tá aí uma boa pergunta, realmente eu não sei. Acho que por conta do que a composição tem a dizer ela fica melhor em português ou em inglês. Se você olhar músicas como a Obrigado por Nada, Caos, Pelego e Por que é tão Difícil Pensar são músicas bem diretas que na minha concepção não teriam o mesmo impacto se fossem cantadas em outra língua que não fosse a nossa língua pátria já que, infelizmente nem todos os headbangers brasileiros sabem falar o inglês perfeitamente então, para não ter o perigo de abrir uma segunda interpretação na hora de uma possível tradução ficou em português mesmo.

M&L – “Obrigado por Nada” tem uma ótima letra, com um tema muito comum na vida de todos nós. Este seria o caminho lírico a seguir?

Willye Rodrigues – Se você dar uma olhada nas letras eles tem um quê de similaridade. Por que elas falam das mazelas do ser humano, críticas ao nosso governo corrupto, relações humanas, coisas de cunho mais pessoal, uso de drogas e coisas do gênero. Então não é um tema que vamos seguir e um tema que já seguimos há muito tempo.

M&L – O álbum foi gravado como um trio. Depois acrescentaram mais uma guitarra. Qual o motivo?

Willye Rodrigues – O disco foi gravado como um trio por que essa formação já seguia junta há algum tempo então foi por isso que foi gravado nesse formato, mas por conta de uma segunda guitarra estava fazendo falta ao vivo e por questões de trabalho do antigo guitarrista Igor Arruda que em algumas vezes infelizmente coincidiam com dias de ensaios e shows, foi acordado colocar um segundo guitarrista e por esse motivo passei de fã para integrante da banda.

M&L – Você tocou baixo no Renegados e no Retribution Engine. Como foi esta transição para a guitarra?

Willye Rodrigues – Bom, quando comecei a mexer com bandas o meu instrumento era o vocal por conta de influências como Juan Brujo (Brujeria) e David Vincent (ex-Morbid Angel, I’m Morbid) e quando fui realmente tocar alguma coisa fui pro teclado por que meu pai tinha um, mas só arranho por conta de nunca ter focado no instrumento mais a fundo, mas ali me mostrou que tinha harmonia. Um tempo depois acabei pedindo para minha irmã me ensinar a tocar violão, e ela me ensinou 3 notas e uns 3 meses depois comprei minha primeira guitarra. Então como pode ver a guitarra veio antes do baixo por que, quando toquei baixo no Renegados vinha de uma banda de Death Metal no qual eu era guitarra e vocal e fui para o baixo por acaso já que, vinha tocando num baixo umas duas ou três vezes, mas tocar com eles foi uma escola por que lá aprendi muita coisa que até hoje uso. Já o caso do Retribution Engine eu já vinha de 2 bandas tocando só baixo e decidi montar uma banda de industrial e como o baixo virou minha paixão me mantive nele. Mas voltar do baixo para a guitarra quando toquei no Renegados foi mais difícil do que na RE já que, no Renegados tocava com palheta e como tocar com palheta no baixo é diferente quando voltei a tocar guitarra não conseguia palhetar direito, mas depois que fui refinando minha técnica no baixo e indo tocar com pizzicato, fui perdendo certos vicio da paleta no baixo e quando peguei a guitarra de novo já não senti tanta dificuldade para voltar a velha forma... não que em algum momento foi boa... mas pelo menos melhor (risos).


M&L – O Metal e Loucuras agradece sua participação. Espaço aberto a suas considerações finais.

Willye Rodrigues – Não tenho que falar, só a agradecer por você ter aberto novamente o espaço para eu poder falar das minhas bandas. Infelizmente a RE acabou, mas estou muito feliz em poder falar um pouco de uma banda foda como a .Ex-Machina. que hoje faço parte. Continuo acompanhando o Metal e Loucuras e o seu perfil pessoal quando posso e só tenho a agradecer mesmo e pedir pra galera ai acompanhar a gente como exmachinabhz no YouTube, exmachinabh no facebook e instagram e .ex-machina. nas plataformas digitais como Spotify, Deezer, iTunes e no Google Play Musica. No mais é isso vlws e Hail Metal e Loucuras.

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