segunda-feira, 20 de abril de 2020

20 anos de All Hell Breaks Loose do Destruction


O líder Schmier, vocalista e baixista do "Destruction", uma das maiores potências do Thrash Metal alemão e mundial, estava há 13 anos longe dos estúdios para uma gravação. Neste meio tempo a banda lançou 2 álbuns, "Cracked Brain" em 1990 e "The Least Successful Human Cannonball" em 1998, ambos sem atingir a popularidade que a banda alcançara em seu início. Então "All Hell Breaks Loose" era a cartada para recolocar a banda em seu devido lugar, e conseguiu, mesmo que naquele período o Thrash Metal estivesse um pouco longe dos holofotes, coisa passageira que terminaria em pouco tempo também. O que ouvimos de Schmier, Mike Sifringer (guitarra) e Sven (bateria) é thrasheira acelerada, sem firulas, com ótimos riffs, como em "Tears of Blood". Esta música é um arrasa quarteirão, com ótimo refrão (gritado), bons solos e uma base de guitarra muito competente, na linha Gary Holt (Exodus e Slayer). "Devastation of Your Soul" já começa mandando solos (e sempre que falo de solos em álbuns Thrash lembro com pesar de um tal de St Anger), e uma construção motörhediana que te faz bater cabeça. Depois temos o grande destaque do álbum, "The Butcher Strikes Back", com riff certeiro e vocais que te fazem cantar junto. Um dos grandes pontos a favor deste play foi a gravação na Suécia com Peter Tägtgren no "Abbys Studios" o que, naquela época, era uma enorme referência para grandes lançamentos. O álbum segue com a mesma qualidade, com destaque para a faixa título e "Total Desaster 2000" que é uma música bem agressiva, regravação de "Total Desaster" do cultuado EP "Sentence of Death" de 1984, e Tägtgren dá o ar da graça com seus vocais guturais e tocando guitarra. A capa é uma das últimas com os 3 membros em destaque, depois disso somente o álbum de regravações  "Thrash Anthems II" apareceu com o power trio, para o nosso deleite, já que o Mad Butcher na capa é sempre mais legal. Este play, que completa 20 anos em 5 dias (25 de abril), cumpriu seu papel de mostrar que a banda estava viva, e precedeu um dos maiores clássicos da história do Thrash, o irrepreensível "The Antichrist" que, se tudo der certo, faremos a resenha no próximo ano. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário