Todo mundo sabe que o Madman Ozzy Osbourne sempre escolhe guitarristas de destaque para trabalhar em sua carreira solo. Ele ou a esposa Sharon, o mais provável. Randy Rhoads, Jack Lee, Gus G e entre outros, Zakk Wylde. Este último talvez tenha dado seus vôos mais altos, seja com sua banda Black Label Society ou em carreira solo. Zakk é uma grande figura, dá gosto de ler ou assistir suas entrevistas e nos 2 primeiros álbuns do BLS ele teve ao seu lado apenas o baterista Philth, pois gravou sozinho guitarras, vozes e baixo. Com um som meio difìcil de rotular, entre o Sludge e o metal, o play abre com "All For You" com destaque à afinação da guitarra e as vozes de Zakk que seguem a mesma linha de Ozzy, a despeito do refrão mais grave. Na música "Phoney Smiles & Fake Hellos" Zakk recita a letra na maior parte, o que, confesso, achei bem esquisito (pra não dizer ruim), mas baixo e bateria fazem um grande trabalho. Quando resolve cantar ele mostra que é melhor quando não tenta soar como Ozzy. Esta música me faz pensar num acasalamento entre o Pantera em sua músicas mais experimentais e o Corrosion Of Conformity em sua fase Sludge. "13 Years Of Grief" vem com muito groove e liga o botão do headbanging. O som é sujo e flerta um pouco com o industrial. "Rust" já começa com um belo arranjo e se mostra uma balada, com um solo bem diferente do que se espera de uma música assim. "Superterrorizer" é outra que a base de guitarra tem uma distorção bem legal assim como a sucessora "Counterfeit God" com muito peso e que mostra que Zakk vai bem no baixo também, obrigado. "Ain't Life Grand" vem com muito groove e combina perfeitamente com um boteco cheio de motoqueiros jogando bilhar, muita fumaça e mulheres tatuadas com caras de poucas amigas. "Just Killing Time" é outra balada, esta com arranjo de piano, onde a voz grave se destaca, além de ter o mais belo solo de guitarra do álbum. A faixa título tem um início arrepiante (poderia estar num álbum de metal extremo) e tem participação de Mike Piazza nos vocais, jogador norte americano de baseball fã de Heavy Metal e padrinho do filho de Zakk Wylde. O trabalho fecha com Love Reign Down que tem um riff bem sabbáthico. Não mudou a história do metal mas está por aí há 20 anos fazendo a alegria das criaturas que curtem boa música.
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