E demos graças pelo último álbum da fase extremamente gótica dos ingleses do My Dying Bride. É difícil colocar o álbum das abelhinhas para tocar e sintonizar que você esteja ouvindo a mesma banda que gravou Gothic ou Draconian Times. Ok que eles tiveram alguns bons momentos em Host e One Second, principalmente na faixa título deste segundo que é um clássico amado por todos os fãs, mas em Believe In Nothing a coisa é mais doída. Primeiro que o vocal de Holmes está bem diferente daquilo que ele sabe fazer. Parece um cantor pop gravando o primeiro álbum. Depois o instrumental que não consegue empolgar, não consegue trazer sentimentos de raiva nem de tristeza. É morno e com água morna nem o chá da tarde britânico desce como deveria. "I Am Nothing" não almeja sequer um pouquinho de peso, apesar de ter até uma estrutura mais rica que a maioria do trabalho. "Mouth" começa com uma guitarra que te dá esperança, mas logo ela some e a esperança desce pelo ralo. "Fader" e "Look At Me Now" também não avançam em nenhuma área, pelo contrário, o refrão repetitivo enjoa e denota falta de criatividade. A coisa só melhora em "Illumination", quando a melancolia brota do nada e Holmes volta a cantar como outrora, mesmo que a música seja um pouco reta demais. "Something Real" também é uma boa opção, principalmente se você estiver ouvindo no som do seu carro, numa estrada vazia com uma paisagem bela de se ver num fim de tarde. O álbum segue com "Divided", a fraca ""Sell It to the World", "Never Again" que também traz um pouco de melancolia, "Control", "No Reason" e a bonitinha "World Pretending". A banda diz que houve muita pressão da gravadora durante a gravação do álbum, para a criação de hits, o que claramente influenciou em seu resultado negativamente. Que bom que foi o segundo e último álbum pela EMI, pois no ano seguinte, pela pequena Supersonic Records, a coisa voltaria a caminhar pelo lado negro da força.
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