segunda-feira, 26 de julho de 2021

Vamos de Venom, criaturas noturnas!

 


Música: Countess Bathory

Álbum: Black Metal (1982)

Selo: Neat Records

Dando boas vindas às virgens para viverem uma vida nobre

No castelo conhecido por todos, a esposa infernal do conde

Ela convida os camponeses para a fartura

Mas, quando a noite chega, ela os privam de seu sangue

Condessa Bathory

Condessa Bathory


O dia inteiro as virgens se sentam e festejam em infinitas refeições

A condessa ri e toma seu vinho, sua bela pele se abre e descama

Mas quando a noite chega, alguém tem que pagar o preço

A condessa toma seu banho da meia-noite com o sangue que uma vez deu vida

Condessa Bathory

Condessa Bathory


Vivendo em seu próprio inferno, a condessa vestida de preto

A vida tão distante, a morte tão próxima, sem sangue para celebrar

As paredes do castelo estão se fechando, ela agora incapacitada pela idade

Recebe a morte de braços abertos, o ceifador vira a pagina

Condessa Bathory

Condessa Bathory

domingo, 25 de julho de 2021

20 anos de Scourge of Malice do Graveworm!!!


Chegando ao seu terceiro trabalho, os italianos do Graveworm alcançavam fronteiras mais distantes de sua terra natal. O álbum foi gravado na Áustria e lançado pelo pequeno selo Serenades Records da Alemanha, que já teve Darkseed e Penumbra no cast, mas hoje está extinto, e a arte da capa criada pelo artista espanhol Luis Royo, que sempre empregou erotismo e monstruosidades em sua bela obra. O estilo do Graveworm ainda era muito incrustado no Black Metal, mas em músicas como a instrumental "Threnody" percebe-se claramente as tendências góticas e heavy metal dos músicos, algo que iria aflorar ainda mais nos trabalhos posteriores. O vocalista Stefan Fiori passeia muito bem entre o gutural e o rasgado e faz um trabalho belíssimo como na excelente "Demonic Dreams". Com um instrumental caprichado, a banda sempre se preocupou com uma sonoridade clara, limpa, porém viajando pelo underground. Os teclados de Sabine Mair, que esteve muitos anos na banda, não soavam prepotentes, dando o suporte necessário para as harmonias de guitarras de Steve Unterpertinger e Eric Treffel, que gravou apenas este álbum com o grupo. No baixo estava Dietmar Schraffl e na bateria Martin Innerbichler. Uma surpresa pra lá de agradável é a versão que o álbum traz para "Fear of the Dark" do Iron Maiden, que na roupagem Black Metal ficou sensacional, com destaque para os violinos e celos substituindo os dedilhados. Scourge of Malice ainda traz grandes momentos, como em "Unhallowed by the Infernal One", "Abonadoned by Heaven" e na derradeira "Sanctity Within Darkness", precedida por "Ars Diaboli", em formato de canto gregoriano. 

 

sábado, 24 de julho de 2021

20 anos de Rapture do Dragonlord!!


O Dragonlord é um projeto criado pelo exímio guitarrista do Testament, Eric Peterson, na virada do milênio, para dar vazão ao seu gosto mais extremo no metal. O projeto baseia-se no Black Metal sinfônico, porém apresenta riffs pra lá de Thrash Metal, principalmente neste debut, onde tínhamos, além de Peterson, o guitarrista Steve Smyth, que além de passagem pelo Testament, também tocou no Forbbiden e no Nevermore, entre outros. Completam o time o monstro Steve DiGiorgio no baixo, Jon Allen na bateria (Sadus) e Lyle Livingston nos teclados, o único com um background Black Metal, já tendo gravado com os belgas do Enthroned. Peterson surpreende não só pelo projeto, mas por fazer os vocais do play, e muito bem feitos, diga-se de passagem, um misto de rasgados e gritados com as palavras bem distinguíveis. O play da capa azul com um dragão ao fundo do logo em destaque foi lançado pela Spitfire Records e traz uma bela intro no teclado chamada "Vals de la Muerte", acompanhada da porrada "Unholyvoid" cujos riffs iniciais lembram a banda principal de Peterson, acompanhados de uma camada generosa de teclados a la Dimmu Borgir. O álbum caminha entre momentos velozes a outros quase introspectivos, numa variante bem agradável aos ouvidos, e a próxima música, "Tradition And Fire", é meu momento preferido, mesmo que "coisinhas eletrônicas" surjam em determinados momentos, é uma música com uma ferocidade explícita, com os melhores riffs do álbum, a bateria dando uma dinâmica perfeita para o headbanging e os teclados no mesmo ritmo galopante. Em "Born To Darkness" temos a surpresa de vocais limpos e o play segue com "Judgement Failed", "Wolfhunt", "Spirits in the Mist", fechando com a poderosa "Rapture". Um ítem de prestígio em qualquer coleção metalhead!

 

terça-feira, 20 de julho de 2021

Vamos de Sarcófago, criaturas noturnas!

 



Nightmare (1987)

Álbum: I.N.R.I.

Selo: Cogumelo Records 


Entre os portões somente morte

Queimando sua mente e escutando o sino

Os portões estão abertos para sua entrada

A luz do dia se transforma na escuridão do inferno


Pesadelo

Pesadelo

Pesadelo


Caveiras e corpos pútridos

Tristezas e lugares sombrios

E você chora lágrimas de sangue

Por que você está morto


Agora eu irei rondar nessa noite sem fim

Lembrando suas blasfêmias e mentiras, eu nunca

Jamais mostrarei misericórdia a você

Mas satanás quer sua alma de pecador

Você nunca retornará, nunca


Nunca!

sábado, 17 de julho de 2021

13 músicas com a letra V que você precisa ouvir antes de morrer!

 



O Metal e Loucuras separou 13 hinos do Metal com a letra "V" que não podem faltar na sua playlist.

1º - Kreator - Violent Revolution (2001) - Os alemães voltavam às raízes em 2001, após vários experimentos, e forjaram este que é um dos maiores clássicos do Thrash Metal. Esta música, além da mensagem totalmente inerente ao estilo, trás tudo que uma canção clássica pede. Riffs inspirados, refrão simples e ecoando na mente, bateria pra bangear, e um vocal agressivo de um dos melhores vocalistas do estilo. Ah, e os solos! Que solos...

2º - Bathory - Valhalla (1990) - Inspiração. Não há outra palavra mais apropriada para o que se ouve aqui. Quorthon criava uma das obras mais perfeitas do metal. O peso, os coros, as melodias melancólicas como se o Bathory encontrasse a trilha sonora para o apocalipse, tudo isso com a voz rouca, rasgada e odiosa do viking das trevas. São quase 10 minutos que você pode ouvir várias vezes na sequência sem cansar.

3º - Overdose - Violence (1992) - Até o lançamento de Circus of Death esta era a música mais agressiva do Overdose. O som da bateria lembra marteladas, Bozó parece estar possuído e as guitarras não páram, seja nos riffs violentíssimos ou nos solos inspirados. Violence trouxe uma banda respirando novos ares e fazendo a alegria dos amantes do metal raivoso.

4º - Borknagar - Voices (2019) - Uma grata surpresa esta música não ser cantada por Vortex no álbum True North e sim pelo tecladista Lars Nedland. Ela te pega e te joga numa dimensão paralela onde o vazio é tudo, e a única presença são as vozes em sua cabeça. Música perfeita para te fazer recordar momentos de sua vida onde a quebra de paradigmas e a luta entre a mente e o coração são ferozes.

5º - Tourniquet - Vanishing Lessons (1994) - Só o vocal de Luke Easter já é metade dos pontos desta música. Com direito a citação a Edgar Allan Poe e Houdini, o Tourniquet despeja lições em forma de Thrash Metal aos riscos de tornar o dinheiro seu senhor de tudo. Pode bangear à vontade.

6º - Theatre of Tragedy - Venus (1998) - A melodia de teclado que inicia Venus já te leva a um estado catatônico e a voz de anjo de Liv Kristine acaba de te carregar para um mundo negro sem volta. Num álbum com poucos guturais, apreciar os urros contidos de Raymond em contraponto à loira, é mais uma experiência arrepiante. 

7º - Obituary - Visions In My Head (2014) - Quando você pensa que os mestre do death metal não tinham mais nada de novo para apresentar ao mundo, eis que surge esta música doentia cheia de paradinhas, melodias de guitarras hipnóticas, e a voz mais cavernosa do metal soando como o estrondo no mundo dos mortos vivos. Quem é rei nunca perde a majestade.

8º - Moonspell - Vampiria (1995) - Esta música presente no primeiro full dos portugueses é o mais valioso exemplo de misoginia na música da banda, pois emprega magnificamente a conjunção do gótico com o black metal, tendo nos teclados e no baixo um papel fundamental, deixando um clima perfeito para os amantes dos longos caninos. Um dos pontos altos do melhor álbum do Moonspell, com direito ao soar de sinos e um grito feminino assustador.

9º - Iced Earth - Violate (1996) - Uma das maiores pedradas que a banda já compôs, além de estar num dos melhores álbuns da banda, onde atingiram um nível de produção perfeito. Rápida, com o batera Mark Prator botando tudo abaixo e um peso absurdo. Não é a toa que Dark Saga fez o Iced Earth se tornar conhecido pelo mundo todo.

10º - Blind Guardian - Valhalla (1989) - Ouvir esta música naquela roupagem mais épica que a banda tomou a partir do terceiro álbum é sensacional, mas não podemos esquecer da versão de estúdio tirada de Follow The Blind com os vocais de garoto de Hansi Kürsch juntos de Kai Hansen do Helloween como convidado ilustre, e uma estrutura que casa perfeitamente com o power metal mais direto, contrastando com o refrão mais épico.

11º - Sanctuary - Veil of Desguise (1988) - Esta música fecha um clássico do Heavy Metal, numa das melhores interpretações da carreira de Warrel Dane. O início cadenciado serve de introdução para uma sequência cavalgada com peso e agudos fantásticos, E o final vem numa explosão thrash com uma bateria acelerada e riffs inspirados com um solo de guitarra com a cara de Dave Mustaine que produziu o álbum.

12º - Black Sabbath - Virtual Death (1994) - As discussões sobre a melhor fase dos criadores do Heavy Metal sempre giram entre Ozzy e Dio, mas Tony Martin arrasa neste álbum chamado Cross Purposes. Virtual Death inicia com um baixo pra lá de mórbido e tem aquele peso arrastado do Doom, com as vozes de Martin dando um toque especial. Aquele tipo de música rara que você pode ouvir no talo ou bem baixo no escuro. E a bateria de Bobby Rondinelli está com uma timbragem perfeita. 

13º - Dorsal Atlântica - Violência é Real (1988) - Esta música é um clássico do nosso metal. Nesta fase a Dorsal fez um álbum com muito mais técnica que no debut, além de fazer algo até intrincado. Vejo a letra desta música como uma mensagem positiva, além de um sinal de alerta, e como em toda letra visionária, continua atual após 33 anos. As bases de guitarra são ótimas, os solos muito bem feitos e o vocal de Carlos Lopes é um trovão totalmente compreensível. Impossível ouvir sem cantar a letra junto.

20 anos de The Metal Opera do Avantasia!


Tobias Sammet, após 9 anos à frente da banda de metal melódico Edguy, da Alemanha, resolveu criar o projeto Tobias Samet's Avantasia, uma espécie de Opera Metal contando uma história, cujos personagens seriam interpretados por vocalistas do alto escalão do metal mundial, ao seu lado. O projeto ganhou tanta importância que passou a ser mais reconhecido que o próprio Edguy, pois Avantasia não trouxe apenas grandes músicos, como foi muito bem executado, com músicas do mais puro Epic Power Metal. Após uma intro temos "Reach Out For The Light", muito bem cantada por Tobias, onde ele apresentava sua obra, ao mesmo tempo em que, criando uma ótima música e fazendo um trabalho de vocais perfeito, Tobias deixava claro que teria competência para gravar todas as vozes, mas a intenção verdadeira era a participação dos demais cantores, criando algo único. Além de tudo, havia aquela expectativa enorme em relação à participação de Michael Kiske, ex vocalista clássico do Helloween, banda inspiração para Tobias, e que estava afastado do Metal há anos. Pois bem, Kiske canta em nada menos que 5 faixas (contando Reach Out For The Light) desta parte 1, creditado no encarte como Ernie, e fazendo o papel do druida Lugaid Vandroiy. As demais faixas são "Breakin Away", "Farewell" com um toque angelical primoroso de Sharon Den Adel do Within Temptation, "Avantasia" e a épica "The Tower". Outras participações mais que especiais foram do saudoso André Matos e Kai Hansen na curta "Inside" tocada no piano, David DeFeis do Virgin Steele, Rob Rock, Oliver Hartmann do At Vance e Timo Tolkki do Stratovarius, entre outros convidados. Na clássica "The Tower" vários deles cantam, em meio a bases por vezes cavalgadas ou aceleradas naquele estilo melódico. Um grande encerramento, ou podemos dizer, um grande prenúncio para a parte 2 que viria no ano seguinte?

 

domingo, 11 de julho de 2021

20 anos de Engineering The Dead do Aborted.

 


Chegando a seu segundo trampo, os belgas do Aborted colocavam no mercado mais uma obra doentia, calcada no Death Metal mas já com um pezinho no Grind. "Engineering The Dead" começa com a porrada "The Holocaust Incarnate", com vocais ultra guturais, bateria infernal e riffs doentios. "Em "Nailed Through Her Cunt" temos riffs fantásticos, velozes e pesados, e uma letra que daria nojo até em Hannibal Lecter. Aliás, por falar em letras, o Aborted faz o Cannibal Corpse se parecer uma banda de bons mocinhos. Com inserções de falas gravadas em inícios e finais de músicas, esta coisa só se torna interessante se você entende de inglês, caso contrário acaba sendo um ponto negativo. A arte original não é das melhores, mas alguns anos depois ela mudou numa nova versão da Listenable e ficou bem mais interessante nos tons de vermelho mais escuros. Ele segue com "To Roast And Grind", a rifferama da faixa título e "Eructations of Carnal Artistry" que caminha entre os momentos mais extremos e os mais arrastados possíveis do trabalho, uma porrada magnífica. "Sphinctral Enthrallment" alterna bem momentos mais death old school com a quebralheira brutal do Aborted. Vocais gritados, guturais e até os quase "pig squeal" permeiam a faixa. "Skullfuck Crescendo" e a destruidora "Exhuming The Infested" fecham este trabalho não recomendado para quem tem estômago ruim mas deseja bons minutos de violência sonora extrema. 

quarta-feira, 7 de julho de 2021

Vamos de Metallica, criaturas!!

 


Música: Creeping Death

Álbum: Ride The Lightning (1984)

Escravos, Hebreus nascidos para servir

Ao Faraó

Prestem atenção a cada palavra sua

Vivam com medo

Fé no desconhecido

O libertador

Espere, algo tem que ser feito

Quatrocentos anos


Então que seja escrito, assim seja feito

Eu fui enviado aqui pelo escolhido

Então que seja escrito, assim seja feito

Matar o primogênito do faraó

Eu sou a morte arrepiante


Agora, deixe o meu povo ir

Terra de Goshen

Vão, estarei convosco

Sarça ardente

Sangue correndo vermelho e espesso

Pelo Nilo

Praga, escuridão por três dias

Viva o fogo


Então que seja escrito, assim seja feito

Eu fui enviado aqui pelo escolhido

Então que seja escrito, assim seja feito

Matar o primogênito do faraó

Eu sou a morte arrepiante


Morra pela minha mão

Eu rastejo pela terra

Matando o filho primogênito


Morra pela minha mão

Eu rastejo pela terra

Matando o filho primogênito


Eu comando o ar da meia-noite

O destruidor

Nascido, logo estarei lá

Mortes em massa

Eu rastejo pelos degraus e pelo chão

Escuridão final

Sangue, portas pintadas com o sangue dos cordeiros

Eu atravessarei


Então que seja escrito, assim seja feito

Eu fui enviado aqui pelo escolhido

Então que seja escrito, assim seja feito

Matar o primogênito do faraó

Eu sou a morte arrepiante

domingo, 4 de julho de 2021

20 anos de The Darkest Throne do Malefactor!

 


O Malefactor surgia como uma nova força do metal nacional na virada do milênio e "The Darkest Throne" é a prova irrefutável disto. Este foi o trabalho em que a banda baiana encontrou seu som, aquele misto de black e death metal épico e sensacional, onde todos os componentes são importantes, sejam teclados, guitarra, bateria, baixo ou vocais. Falando em vocais, Lord Vlad já surpreendia com um dinamismo fenomenal. O monstro passou a despejar vozes rasgadas, guturais e belíssimos vocais limpos de forma tão espontânea que dificilmente pode deixar de ser citado como um dos principais destaques. Uma questão de logística e tempo foi um diferencial audível aos apreciadores mais atenciosos da obra. Dos oito petardos apresentados, metade foi gravada no Tribal Studio e outra metade no Som das Águas seis meses depois. As músicas gravadas primeiro têm mais aquela pegada de guerra do Death Metal enquanto as mais novas ficaram com uma influência mais Black e com uma dinâmica menos acelerada e mais rica de ritmos. "Necrolust In Thulsa Abbey" é um ótimo cartão de visitas, contendo todas as características do Malefactor, brutalidade, melodia, velocidade e muito bom gosto. "Into The Silence" mostra a versatilidade vocálica que mencionamos e "Luciferian Times" é o melhor momento do opus, uma música sensacional, com direito a um som de flauta que ficou magnífico. "Breaking The Castles" fecha a primeira parte do trabalho com aquela pegada folk sensacional, música com mais instrumentos acústicos e vocais limpos de imenso bom gosto e criatividade que foge do peso e nos agracia com a beleza diversa que o estilo sempre nos proporciona. A parte mais bélica de "The Darkest Throne" começa com a intro "Prelude To A Battle", fechando com "Behind The Mirror", a faixa título e "A God That Doesn't Lie". Excelente álbum lançado pela Demise. Mais um completando 20 anos e soando como novo.