terça-feira, 2 de novembro de 2021

20 anos de Supercharger do Machine Head!

 


O estrago que um álbum pode fazer na carreira de uma banda, muitas vezes demora anos para ser reparado. E geralmente o mais afetado de uma história destas é o álbum posterior, mesmo que ele tenha vindo ao mundo na melhor das intenções e com o objetivo de recolocar o trem de volta trilhos. Ouvindo Supercharger após o decepcionante "The Burning Red" (a menos que você ame New Metal), não dá para ter certeza que ele foi concebido com este motivo, já que em vários momentos mantém a pegada Hip Hop (White-Knuckle), o tom de narrador com protesto chorão (Crashing Around You), que ganhou um vídeo, ou o hardcore (Kick You When You're Down), a melhor influência alheia ao thrash metal (ou post thrash) que consagrou o grupo. "Only The Names" resgata o peso dos primeiros álbuns, mesmo que Flynn cante a maior parte de forma melódica. "American High" poderia ser uma música a se odiar, caso fosse apenas descrita, mas não é que ficou ótima? É que aquele som que os DJs de antigamente adoravam fazer girando o vinil pra frente e pra trás substituem as guitarras em vários momentos, mas esta heresia não conseguiu destruir a energia da música. Um grande destaque do álbum é "Deafening Silence", com boas melodias e interpretação impecável de Flynn e a porrada faixa título, uma das mais agressivas. Supercharger pode não significar a volta por cima, mas é com certeza uma tentativa e foi importante para a sequência do Machine Head. 

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