O metal feito no Brasil é riquíssimo, devastador e enche de orgulho quem se deleita com suas obras, seja por trabalho, hobby, ou lazer. Em cada canto de nossa enorme nação encontramos grupos de amigos que se juntam para dar vazão a sentimentos, ideologias e colocar seu talento musical em prática. Curitiba sempre foi um polo de bandas extremas de grande qualidade que já nos apresentou vários ícones e de onde continua surgindo sempre trabalhos fenomenais. O Imperious Malevolence já é velho conhecido dos bangers brasileiros, pois desde metade dos anos 90 despeja seu death metal em nossos tímpanos com muito bom gosto e tem uma de suas principais obras, a pancadaria nomeada HateCrowded, completando 20 anos de existência. Com uma arte legal (veja o vídeo que postamos no Instagram e Facebook em fevereiro deste ano), a banda na época formada por Emanuel e Mano nas 6 cordas, Antônio Death nas baquetas e Rafahell no baixo e urros do inferno, lançou pelo selo Deafen este artefato que agradou aos amantes do death tradicional e do brutal death metal. A proposta era ser ultra rápido, você até encontra influências de Deicide em alguns momentos, e o baixo, mesmo que componha a massa sonora em geral, dá o ar da desgraça em momentos sublimes como na faixa de abertura "Burning". Para quem sabe apreciar uma boa pancadaria, temos vários momentos sensacionais, como nos riffs old school de "From Eternal Vacuum Storms" que remetem àquele estilo do Panic, banda de Porto Alegre, de muito sucesso nos anos 90, e chegam ao seu ápice na poderosa "Arquiteto da Destruição", cantada em português, e grande destaque do opus. Para quem andou perdido nos anos 2000 ouvindo apenas o que veio de fora, vale a pena garimpar o solo tupiniquim e escavar obras como esta para degustar.
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