sábado, 10 de setembro de 2022

20 anos de The Last Bewitchment do Penumbra!!!


Penumbra da França deu um grande salto entre seu debut, "Emanate" de 1999 para "The Last Bewitchment" em 2002, tanto em qualidade quanto na descoberta de um rumo a seguir, visto que no início eles ainda não haviam definido a direção correta, ainda perdidos entre vários nichos, do Black ao Gothic Metal. Já neste trabalho, que foi lançado no Brasil pela Hellion, a banda gravou um symphonic gothic por excelência, rivalizando com grandes nomes do estilo como Epica e Tristania. A produção é ótima, e os arranjos de orquestra casaram perfeitamente com o objetivo. Os vocais masculinos de Agone e Jarlaath se dividem entre guturais e rasgados, enquanto a voz de soprano de Medusa dá o toque final na rica melodia. Temos um bom trabalho de guitarras, a cargo de Dorian e Neo, com arranjos que não soam repetitivos e dominam as músicas, mesmo que os teclados de Zoltan estejam sempre presentes. Na cozinha, Agone (baixo) e Garlic nas baquetas, fazem um grande trabalho. Uma pena o Penumbra não ter tanta exposição entre todas aquelas bandas com vocais guturais e femininos, pois lançaram um grande álbum. O oboe é um instrumento interessante, que já fazia parte do debut, e poderia ser mais utilizado. A faixa "Insurrection" fará você se lembrar de Therion, apesar de em nenhum momento soar pretensiosamente como uma cópia, pois o DNA dos franceses está incrustado na música, principalmente quando entram os vocais rasgados. Nela ainda temos um pouco de influência eletrônica, mas nada que ofusque o brilho. Em "Testament" ouvimos Medusa cantar diretamente em nossa alma, uma semi balada emocionante e um dos grandes momentos do play. Uma dica, se você é fã de "Prison of Desire" dos holandeses do "After Forever", você vai amar The "Last Bewitchment".

 

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