O Metal e Loucuras preparou um especial com 31 hinos da música pesada que você precisa conhecer, porque são realmente fundidas!!!!
01 - Metallica - Welcome Home (Sanitarium) (1986) - Difícil imaginar aqueles moleques que gravaram Kill" Em All com tanto furor chegarem numa melodia tão fascinante como a de "Welcome Home". Um dos maiores inícios do thrash carregado de melancolia, uma música que cresce em raiva, em complexidade e traz um sentimento angustiante e passional a qualquer ser vivo, dotado de sentimentos, que possa caminhar sobre este solo. Como não nomear o Metallica como a maior banda do planeta ao ouvir um som como Welcome Home (Sanitarium)?
02 - Pantera - Walk (1992) - Que riff, que peso, que fúria! Cara, se você não se mexe ou não sacoleja seu crânio ouvindo Walk do Pantera, você está ouvindo o som errado. Isso aqui é para ouvir com o amplificador no máximo e com 20 caixas de som plugadas no seu system. Sensacional, Pantera, Sepultura e Machine Head foram as bandas que mantiveram o thrash (mesmo com todo groove) em evidência nos anos 90.
03 - Sextrash - Wind Assassin (1992) - A melhor música do melhor álbum de uma das bandas mais importantes do cenário nacional. Essa música tem duas partes distintas, a primeira mais arrastada com os vocais cavernosos de Oswaldo metendo o terror, e aquela pancadaria após 2 minutos separados por aquela melodia de guitarras sensacionais. Os solos são mórbidos, muito mórbidos, e a bateria despeja blast beats por todos os lados. Um hino do death metal nacional.
04 - Black Sabbath - War Pigs (1970) - A música que abre o segundo trabalho dos criadores do heavy metal é algo absurdo de se ouvir. Com um som de baixo aprendido em outro planeta por Geezer Butler, War Pigs mostra a indignação com o senhores da guerra, numa música com guitarras hipnotizantes, e uma bateria que serve de base para um dos melhores momentos de Ozzy à frente do Sabbath. Você não precisa gostar de Black Sabbath para gostar de War Pigs!
05 - Deicide - When Satan Rules His World (1995) - Os americanos do Deicide perambulavam pelas páginas das revistas especializadas do mundo, muito mais pelas excentricidades de seu mentor que pelo seu som, o que é uma pena, pois os primeiros 4 trabalhos do Deicide são a maior prova de destruição sonora que o death metal poderia mostrar ao mundo. Esta música em especial tem um refrão tão sensacional, com os guturais de Benton tão absurdamente malignos, que não tem como você ficar parado. Uma das melhores músicas já forjadas dentro do metal da morte.
06 - Anathema - We, The Gods (1995) - O som de baixo que abre esta música traz tanta saudade daquela época de novidades que o Death Doom me trazia! Mesmo que os vocais de Darren White estejam longe do grotesco apresentado no debut "Serenades", a melancolia, tristeza inenarrável de canções aterradoras, fazem desta música (e de todas as outras do EP) um momento de solidão e ódio descomunais. "We, The Gods" vai da miséria da alma ao desejo de vingança com tanta convicção que é impossível não amá-la com todo fervor de seu coração.
07 - Moonspell - Wolfshade (a Wherewolf Masquerade) (1995) - A obra mais violenta dos portugueses se abre com esta fantástica canção sobre o lobo, animal que acompanha a trajetória da banda até os dias de hoje. A influência gótica aliada ao black metal fazia do Moonspell uma banda com estilo próprio, em um país que ainda não era sinônimo de metal, e as vozes graves de Fernando Ribeiro contrapostas aos seus ótimos vocais rasgados, elevaram o status do Moonspell a um dos maiores representantes da música dark dos anos 90.
08 - Tiamat - Whatever That Hurts (1994) - O quarto álbum dos suecos do Tiamat também é o mais Doom, uma obra de perfeição extrema, com melancolia ao nível máximo. Esta música tem um início sensacional, os vocais sussurrados de Edlund são quase hipnóticos. Mas quando o peso entra, e com ele toda raiva cósmica de uma terra em constante evolução para o caos, você percebe que está ouvindo uma obra diferenciada, mesmo que apostando num estilo quase totalmente oriundo do Reino Unido, Tiamat mostrava que era uma das quatro grandes forças da música mais deprimente e emocional do planeta.
09 - Overkill - Wrecking Crew (1987) - Thrash puro! Tem alcunha melhor para o que o Over Kill criou em seu segundo play? Riffs acelerados, bateria frenética, coral de bêbados vociferando a destruição alheia. Um bate-cabeça perfeito, e na época em que os vocais de Bobby Blitz estavam no auge, conseguindo gritos raivosos e quase agudos. Abra uma cerveja e aumente o volume.
10 - Immortal - Wrath from Above (2000) - A segunda faixa de um dos melhores álbuns de black metal é um arrasa quarteirão digno de pescoços precisando de uma boa dose de morfina. Os riffs que Abbath criou para esta pequena obra do caos, aliados a vocais monstruosos, uma bateria caótica e andamentos que aceleram e reduzem de acordo com a ambiência necessária, tornam esta música um hino maldito e célebre. Nota 11 para os vocais cavernosos. Música simplesmente insana!
11 - Metallica - Wherever I May Roam (1991) - O início remete a música oriental, e a letra fala da estrada como uma noiva e de qualquer lugar como um lar. Certamente com o álbum mais conhecido do metal os músicos passaram muito mais tempo na estrada entoando canções sensacionais ao redor do mundo e esta é uma das mais fantásticas do trabalho. Tem uma certa melancolia na letra e na melodia, mas te faz cantar junto a plenos pulmões, além de ter um dos solos mais belos do álbum.
12 - Megadeth - Wake up Dead (1986) - A faixa de abertura de um dos maiores clássicos da história do thrash americano é a arrasadora "Wake up Dead", com riffs que levantam qualquer cadáver. Finalmente Mustaine estava pronto para competir de igual para igual com qualquer banda do planeta e os riffs acelerados, junto a uma bateria indecente com mudanças de andamento geniais e solos de guitarra perfeitos e extremamente bem encaixados deixam qualquer bate cabeça de boca aberta.
13 - Paradise Lost - Weeping Words (1993) - A dificuldade entre esta música e Widow, do mesmo álbum, que tem uma força quase ao estilo "Gothic" foi enorme, já que Icon é para mim a maior obra do Paradise Lost, um álbum tão perfeito e poderoso, desde a capa essencialmente doom, até o último segundo. Enfim, talvez o refrão de Weeping Words tenha sido o ponto de desempate, uma música que não merece ser definida em palavras, mas ouvida com o coração.
14 - Exodus - War Is My Shepherd (2004) - Uma pancadaria exalando raiva calcada em riffs épicos de um vigoroso Thrash Metal. Talvez uma das maiores atuações de Steve Zetro Souza esteja no álbum de 2004 do Exodus e isso transparece em cada minuto desta música que certamente já deixou muitos pescoços doloridos pelo mundo. Músicas como esta devem ter influenciado muito na escolha de Gary Holt para o lugar de Hanneman no Salyer.
15 - Rotting Christ - Wolfera the Chacal (1994) - Presente no segundo full da maior banda da Grécia, é uma música que tem elementos melódicos elevados pelos teclados, mas ainda assim carrega um sentimento de crueza dos primórdios do black metal. A bateria de Themis também é muito interessante, pois mesmo que seja um acompanhante, agrega valor com batidas precisas e fortes, e soa muito bem até nos momentos mais extremos.
16 - Sepultura - We Who Are Not As Others (1993) - Pode ser uma das músicas mais diferente de Chaos AD, perdendo só para Kaiowas, mas com muito groove ela nos dá uma sensação de loucura controlada, se é que isso existe. A letra é apenas o título repetido e gritado várias vezes, mas as batidas tribais dão uma sensação de ódio e desespero iminentes que tornam tudo mais interessante. E as risadas malucas no final com o baixo estalando são a cereja do bolo.
17 - Chakal - War Drums (2004) - Foi neste álbum que o verdadeiro Chakal voltou à ativa depois de tantos anos, doa a quem doer. Os riffs soberbos acompanhados de uma sirene abrem os portões para uma destruição sonora feita com competência, e que vai acelerando a cada compasso, com a bateria de Wiz em ritmo eletrizante, o baixo de Toniolo dando voltas ao redor dos riffs de Cabelo e Mark enquanto Korg vocifera como um demente, acompanhados por outros dementes de peso no final da música.
18 - Iced Earth - Watching Over Me (1998) - Pode não ser a melhor música do Iced Earth, mas tem uma melodia espetacular, mesmo que carregue um sentimento de tristeza, uma letra que fala da perda de um amigo. Mas a interpretação de Barlow é irrepreensível e faz você cantar junto sempre que ouve.
19 - Burzum - War (1992) - Ninguém precisa gostar do músico para apreciar a obra. Mas se você gosta de metal esporrento não tem como não curtir esta música que está no primeiro álbum dos noruegueses. Pode ser mal gravado, pode ser o mesmo riff repetido, pode ter influência do início do Destruction, mas que é uma paulada nojenta e asquerosa no melhor sentido, isso é.
20 - Iron Maiden - Wratchild (1981) - Uma das melhores músicas do segundo álbum da Donzela, que se inicia com o baixo do chefão Steve Harris e um dos grandes momentos de Paul Di' Anno. Mesmo sendo super fá do Bruce, Killers ainda está entre meus álbuns favoritos do Iron, e esta música sempre lembra aquela época maravilhosa onde descobrimos o metal e cada nota era uma novidade que dificilmente sairia de nossas mentes.
21 - Bathory - Woman of Dark Desires (1987) - O gênio à frente do Bathory se revelava até nas coisas mais sutis, como nomear um faixa com o nome que poderia simplesmente ser o nome da banda, já que é da condessa Bathory que fala esta música. A gravação pode não ser a melhor, mas perfeitamente coerente com a proposta e com o ano em que foi lançada. E quando você tem um refrão no black metal que fica na cabeça, pode ter certeza que a coisa foi feita de forma elaborada e criativa.
22 - Twisted Sister - We're Not Gonna Take It (1984) - Um grito de resistência. A banda lutava pela liberdade de expressão e pelo direito de trocar o politicamente correto pelo que "desse na telha" e criou um dos maiores hinos do hard rock. A clareza com que se ouve os instrumentos, a batida de bateria e os gritos de rebeldia são até hoje um dos mais conhecidos e festejado do rock.
23 - Tristania - Wormwood (2001) - O início desta música causa arrepios, seja nos corais, seja nos vocais rasgados sobre os limpos. A raiva que emanam dos guturais em seguida mostra que a banda não se abalou com a saída de seu principal compositor, e os vocais angelicais de Vibeke logo trazem calma e beleza aos ouvidos. Um clássico do famigerado estilo "A Bela e a Fera", que nada mais é que a união do gótico com o death\doom com vocais urrados e femininos.
24 - Metallica - Whiplash (1983) - Quando os riffs realmente engrenam após uma introdução pesada, parece que uma locomotiva é ligada e acelera como um touro. A letra é um hino para quem vai bangear até sangrar em um show e o thrash escorre pelas paredes com esta música. James berra como um demônio e se mostra o melhor vocalista do estilo que eles encabeçavam. Acelera, aumenta o volume e sai de baixo!!!
25 - Drowned - Words From The Pit (2001) - O debut dos mineiros do Drowned tem 4 faixas com a letra W e todas poderiam estar aqui, principalmente Who's the King, mas Words From the Pit condensa toda a fúria death/thrash que os músicos carregavam. Ela é veloz como um raio e não deixa pedra sobre pedra como um furacão. Os vocais de Fernando são os mais rasgados da carreira nesta música e ela deve rivalizar com pérolas do metal mineiro como The Black Vomit e Night Pigs.
26 - Guns n' Roses - Welcome To The Jungle (1987) - Uma das músicas mais viscerais do hard rock que abre um dos melhores álbuns da história. No vídeo clipe você vê que os músicos ainda tinham aquele visual hair metal, com exceção de Slash que já ostentava a cabeleira rebelde sob o chapéu. A letra, cantada com malícia e swing, apresenta os perigos e delírios de uma cidade grande. A trupe de Axl Rose chegou chutando a porta para conquistar o mundo.
27 - Slayer - War Ensemble (1990) - Esta música abre um dos melhores álbuns de Thrash Metal da história. Aqui os vocais de Tom Araya atingiram seu ápice, e a banda balanceou perfeitamente a velocidade com a cadência, com riffs insanos e solos de guitarra perfeitos. O nome da música gritado por Araya não tem preço.
28 - Skid Row - Wasted Time (1991) - Baladas são sempre controversas. Há quem ame e quem ache que deveriam estar bem longe de uma lista destas. Mas a música que estourou pelas FMs do mundo fazendo com que garotas se apaixonassem por seu vocalista Sebastian Bach é uma canção de tirar o chapéu. As notas que o rapaz conseguia tirar do fundo da garganta impressionam, e a melodia é linda, além de ter um desfecho que muda o tom da música para algo mais melancólico. Além, é claro, de fechar um dos melhores álbuns de hard rock da história.
29 - Samael - Worship Him (1991) - A música que nomeia o debut da banda suiça que casou a morbidez com o black metal de forma sensacional é um exemplo claro daquilo que eles faziam. Riffs arrastados e cortantes mas que não te impedem de bangear, peso na medida certa, bateria e baixo no compasso do flagelo e os vocais de Vorphalack medonhamente cavernosos. Eles conseguiram gravar antes da maioria da cena norueguesa mas estouraram mesmo pouco depois, porém ouvindo esta música percebemos que estavam à frente de muitos na qualidade técnica.
30 - Faith No More - We Care a Lot (1985) - Não se assuste com o visual excêntrico dos músicos no vídeo clipe desta música, afinal eles estavam buscando seu espaço em seu primeiro álbum. Esta música tem um casamento perfeito entre o baixo de Bill Gould que apresenta um timbre limpo e sensacional com os teclados de Roddy Bottum que fazem uma camada suave, porém sinistra. Um grande começo para uma banda que passaria ao estrelato após entrada de Mike Patton alguns anos depois. Marcado pela ironia política e do show business desde o início, temos um refrão simples que gruda na cabeça.
31 - HeadHunter DC - Why Wars? (1991) - Quase 6 minutos de pancadaria marca o desfecho de um álbum brutal de nossa terra brasilis. A música, segunda do álbum que contém uma interrogação no título, não te dá descanso, como seria de se esperar num death metal com esta duração. Os riffs são matadores, quase thrash, e Ballof vomita toda sua indignação contra a imbecilidade e inutilidade das guerras. Um salve à letra consciente do Head Hunter e vida longa ao Death Cult!
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