A banda solo do eterno vocalista do Judas Priest retornava aos holofotes com seu segundo álbum em 2002, intitulado "Crucible". Com uma arte de capa muito simples e nada atrativa artisticamente falando, ela representa a permanência do Metal God no nicho em que todos queriam, o metal. Podemos dizer que com este álbum sua banda solo seguiu adiante, não se prendendo à mesma fórmula de estreia, que tinha o intuito de nos remeter ao seu último e melhor registro junto ao Judas, o excepcional "Painkiller". Para quem é fã daquele petardo, "Crucible" pode, a início, ter decepcionado um pouco, pois não tem a mesma energia e agressividade do "Resurrection", mas certamente agradou muito mais que a experiência denominada "2Wo". A melhor porrada deste play vem na faixa 4, a "painkillheriana" "Betrayal", que também tem um arranjo de bateria em seu início. Aliás temos que citar Bobby Jarzombek, pois seu trabalho é digno de nota 10. O início com a faixa título e "One Will" não é ruim, são músicas mais hard que heavy, e depende do seu gosto para colocá-las à frente de "Handing Out Bullets", por exemplo, que é muito mais explosiva e acelerada. Os guitarristas Patrick Lachman e Metal Mike caminharam pela calçada nesta avenida movimentada do heavy metal, destilando riffs com segurança, mas acredito que uma produção mais crua como no "War of Words" do "Fight" poderia tornar "Crucible" um álbum ainda mais representativo nos assuntos voltados ao metal. A faixa "Hearts of Darkness" é um exemplo disso. Ela tem um ótimo groove, e a voz de Halford bem mais espectral, se o peso fosse mais bem fixado nesta música ela ganharia tons bem mais carregados. O álbum fecha com "Trail of Tears" que também é uma boa música, com mais ênfase no groove. Um bom álbum para curtir em alguns momentos, mas nada que mudará o movimento de rotação da terra.
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