domingo, 22 de setembro de 2024

20 anos de Tales From The Black Book do Vulcano!!!


Primeiro álbum de aniversário de 20 anos do Vulcano que resenhamos nesta página, afinal a banda paulista estava a 14 anos sem um lançamento, desde "Retrace" de 1990, e só começamos a resenhar álbuns com 20 anos lançados a partir de 1997. Explicação mais do que clara sobre esta falta em nossa página de uma das bandas mais icônicas do metal nacional, vamos a "Tales From The Black Book", este que é pra mim, um dos melhores trabalhos do Vulcano. A capa, em tons marrons e preto é perfeita para o estilo obscuro do trabalho, e ficou excelente. O que ouvimos durante a execução do petardo é uma exposição indecente de riffs de muito bom gosto, músicas que variam entre a pancadaria e a morbidez e um vocal que despeja uma urgência demente que poucos conseguem exercer. Aqui temos duas faixas em português, lançadas originalmente no álbum "Live!" de 1985, ganhando suas versões definitivas quase 30 anos depois e, apesar das letras adolescentes, podem ser considerados alguns dos melhores momentos deste trabalho, pois resgatam aquela aura inocente do metal extremo dos primórdios de nossa terra, bem próximo do speed metal. No mais, temos faixas entre o detah e thrash metal, sem muita variação entre as faixas, com solos de guitarra que os aproxima mais daquele thrash alemão. O som é propositalmente sujo, se você gosta somente daquela limpeza que produtores como Andy Sneap imprimiu em alguns trabalhos nos anos 2000, esqueça. Aqui temos um som primitivo, mesmo que os riffs sejam potentes o suficiente para estarem num álbum melhor produzido. Os vocais acompanham a sujeira e eles destoariam do instrumental se assim não fosse. "Gates of Iron" foi uma música sabiamente escolhida para abrir o petardo, pois ela emprega violência sonora após a narração de início e depois cai numa base perfeita para o mosh e o headbanging. O líder Zhema voltava a atacar no baixo como nos primórdios do Vulcano e para as guitarras vieram André Cigano e Cláudio Passamani, na bateria o velho de guerra Arthur Von Barbarian e nos vocais o grande Angel. Um álbum do metal nacional para ser frequentemente apreciado!

 

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