Eu sou um amante do doom metal! Portanto o som alegre não é algo que eu leve muito em consideração, pois a melancolia faz muito mais efeito em minha alma que músicas pra cima possam chegar próximas de fazer. Então deixarei de lado aquilo que mexe com meu íntimo para focar na música, pois estamos falando de uma grande banda brasileira, maior representante do folk metal e além disso, está em nossa região, a MGArea! "Trova de Danú" foi o terceiro full da banda de Varginha, Minas Gerais, a terra que ficou famosa nos anos 90 por supostas aparições de E.T.s e Chupa Cabras. Antes disso a banda consolidou seu nome no cenário com as conhecidas obras "Tingaralatingadun" de 2001 e "The Delirium Has Just Begun..." de 2002. Com um som alegre e festivo, como o estilo folk geralmente pede, o terceiro álbum dos mineiros abre com a acelerada "Bella Natura", uma música exageradamente folk, onde os elementos metal estão em segundo plano, ou quase não existem na realidade. Se a banda tinha a intenção de apresentar o folk de cara com exclusividade, independente da reação dos fãs mais fervorosos do metal, tudo bem. Para quem prefere o som de guitarras mais pesadas eu acho um risco da pessoa parar de ouvir o trabalho logo na primeira faixa. Mas graças aos deuses celtas em seguida temos a melhor música da obra, a sensacional "Lover of the Queen". Essa música saiu em uma coletânea na época, se não me engano no CD promocional do festival paulista B.M.U. que ganhei de uma amiga de Barueri, e é desde então minha música favorita da banda. Ela passa uma seriedade muito superior à primeira faixa, além de ter vozes em coro no refrão que grudam na memória de forma "carrapática", ora sobre o instrumental, ora de forma acústica!!! Os vocais de Bruno Maia também são os melhores do trabalho, além de melodias de guitarra bem interessantes e uma flauta bem aplicada no início. Em "Dannan's Voice", um prelúdio de 46 segundos, temos uma voz feminina que lembrou de imediato o Cruachan da Irlanda. "The Land's Revenge", a música que eu escolheria para abrir o álbum, começa com guitarras pesadas, e logo entram vocais carismáticos e flautas que transmitem uma calma reconfortante, e depois acelera por um período, cai numa melodia bonita e em seguida entra uma guitarra pesada quase doom. Essa música mostra a riqueza na construção das músicas pelo Tuatha, e a preocupação em fazer um som interessante a todo momento. Para os que sentem falta de um vocal mais grave, vá para a faixa 7, "Believe, It's True", que ainda tem a melhor interação entre flauta e guitarra do álbum, ou a ótima "The Arrival" que em suas últimas estrofes temos realmente vocais guturais, e que particularmente, achei que casou muito bem (com a música e meu gosto hehe)! O álbum fecha de forma magistral com "The Wheel", com mais de 7 minutos e alguns convidados, a música é uma verdadeira viagem por todas as nuances que o Tuatha emprega em sua música, da calmaria à brutalidade. Recomendo!
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