Considere esta resenha uma continuação da última que publicamos, já que estamos falando do segundo trabalho do Arkona, banda russa que debutava em estúdio em 2004 e em alguns meses já chegava a seu segundo play em uma média de 6 meses. Agora "Lepta", sucessor de "Vozrozhdenie", chega sem muitas alterações em relação a seu predecessor. Não que você não vá identificar algumas características determinantes entre eles. A começar pela arte da capa, agora temos algo bem mais chamativo, mostrando que a banda de Masha não foi forjada para se esconder do mundo, mas pretendia entrar rapidamente para a elite do folk metal mundial, coisa que realmente conseguiu. As músicas neste segundo trabalho continuam dependentes dos teclados, e muita coisa apresentada nele se baseia em melodias das teclas, mas se engana quem pensa que não irá encontrar muito metal em todo o álbum. Os vocais rasgados de Masha estão mais aparentes, ficando de lado aqueles rosnados quase guturais tão interessantes no debut. Você pode até achar o uso da flauta um pouco abusivo, mas estamos falando de uma banda de folk, então engula isso. Ele também é um trabalho bem mais curto (aleluia), 41 minutos é o bastante para apresentar seu som, o que não dá pra aguentar são álbuns de 80 minutos onde 30 são claramente "encheção de linguiça". Os vocais limpos da moça continuam lá, mas percebi que houve uma redução neles, talvez para compensar uma perda na obscuridão do debut, pois este trabalho é mais direto. Em alguns momentos a coisa descamba para o viking metal com gritos de guerra, como encontramos no Valdr Galga do Thyrfing, o que ficou bem legal. Enfim, o Arkona chegou querendo um lugar ao sol, e nada mais justo para quem veio de um dos países mais gelados do planeta (confesso que essa foi horrível). Um álbum que não vai te decepcionar, caso não tenha tropeçado nele nestes 20 anos.
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