sábado, 8 de março de 2025

20 anos de Angel of Retribution do Judas Priest!!!


O 16º álbum de estúdio da banda britânica Judas Priest chegou ao mercado cercado de expectativas. Tim Ripper havia saído após gravar dois álbuns que mostraram uma banda explorando um som mais moderno, pesado e soturno, e partiu para uma carreira parecida à que teve no Judas, porém agora no Iced Earth. Voltava a reinar nos palcos o metal god Rob Halford, aquele frontman que senta nas mesmas cadeiras em que Dio, Dickinson, Lemmy ou Ozzy também sentaram. Quando um vocalista clássico sai de uma banda, abrem se feridas difíceis de cicatrizar, e a única forma disso acontecer é as partes se reconciliarem traçando novos planos para a entidade em que se destacam. Então Halford estava de volta após 11 anos e gravando um novo trabalho após 15 anos, que foi o insuperável em todos os sentidos "Painkiller". Claro que KK. Downing e Glenn Tipton precisaram compor pensando na voz do mestre, e esquecer aquele som cheio de groove dos álbuns anteriores, afinal, estamos falando de heavy metal puro e simples, com pitadas de hard rock. A capa traz um anjo de metal e as músicas giram em torno de entidades celestiais e infernais. Abre-se o espetáculo com uma música muito boa, chamada "Judas Rising", para a alegria geral, com refrão forte, ritmo enérgico e guitarras "old school", e um título propositalmente evocando o nome da banda se reerguendo após um período obscuro. Depois dessa, há duas outras músicas ainda melhores, ao menos para este fã incondicional de "Painkiller", que são "Hellrider" e a poderosa "Demonizer". Esta trinca, que não vem em sequência no álbum, já mostravam que o retorno do vocalista foi a coisa certa a se fazer. "Revolution" começa num pique bem rock 'n roll pesado que agrada muito, uma pena o refrão ser tão melódico, mas você se acostuma. Temos algo mais hard rock como "Worth Fighting For" ou melódico, como "Eulogy", uma faixa acústica e sem bateria, com a voz de Halford provando mais uma vez que o cara não se destaca apenas gritando. Temos doom também, para quem curte coisas como "Candlemass", o trabalho encerra com uma faixa arrastada chamada "Lochness", que peca apenas em seu final com guitarras dissonantes forjando algo modernoso e desagradável aos ouvidos, mas o que são 40 segundos em uma música de mais de 13 minutos? Ian Hill e Scott Travis também fizeram um bom trabalho na cozinha, e "Angel of Retribution" foi um retorno bem sucedido de uma das bandas mais importantes da história do metal.

 

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