sábado, 15 de março de 2025

20 anos de Goatreich - Fleshcult do Belphegor!!!


O 5º trabalho da banda austríaca Belphegor, lançado em 2005 e intitulado "Goatreich - Fleshcult", é mais um passo à frente na sonoridade caótica da banda do guitarrista e vocalista Helmuth, Sigurd na outra guitarra e Barth no baixo, desta feita com Torturer na bateria e Röderer nos teclados. A arte da capa é ainda mais macabra que a anterior, de "Lucifer Incestus", dispensando o erotismo mas mantendo a nudez de criaturas nojentas e torturadas. A mudança de gravadora (Last Episode para Napalm Records) ocorrida no trampo anterior se manteve e mostrou-se uma recompensa ao árduo trabalho da banda, alastrando a popularidade profana do Belphegor como uma das sete pragas do Apocalipse. O baterista alemão, cujo nome real é Florian Klein (hoje no Bethlehem), é um dos destaques do álbum. Algumas batidas secas e pesadas como no início da faixa título acabam dando um diferencial old school, mas no geral, as passagens agressivas e intrincadas mostram o poder de fogo que ele consegue imprimir sem tornar o som maçante e repetitivo. Anos atrás era quase impensável encontrar músicas mais arrastadas num álbum do Belphegor, mas ultimamente eles demonstravam maturidade para diversificar os petardos com momentos lentos e brutais. Temos 2 faixas assim em "Goatreich", "Kings Shall Be Kings" e "Sepulture of Hypocrisy" que remete aos anos 80/90 até no título. "Festum Asinorum" também possui uma lentidão intercalada a momentos mais violentos e vocais mais rasgados também, algo que se tornaria mais comum ao longo dos anos. Mas na maior parte do tempo o vocal de Helmuth é mais para o gutural cavernoso, e está muito bem desta forma. Se você não se importa com letras carregadas de blasfêmia como único ponto negativo no trabalho, pois soam muito adolescentes e dispensáveis, você vai curtir o death/black esmagador de "Goatreich - Fleshcult", caso tenha deixado passar batido nestes 20 anos. Totalmente indico. 

 

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