domingo, 15 de junho de 2025

20 anos de The Archaic Abattoir do Aborted!!!


A banda belga Aborted lançava em 2005 seu quarto registro, intitulado "The Archaic Abattoir". Quero começar pela arte da capa. Lançado no Brasil pela Malignant Art sob licença da Listenable Records, a cópia que tenho em mãos vem envolta em um belo slipcase, com uma arte totalmente diferente da capa original, algo muito enriquecedor que venho falando constantemente. Selos, lancem splicases com uma arte diferente da capa do encarte, isso é fantástico para os colecionadores. Neste caso, temos um "doutor" mascarado com uma serra elétrica pronto pra dividir um corpo, enquanto o slipcase mostra o lado externo da construção onde se dá a cena. Tudo naquela aura de jogos modernos de terror, mas mesmo assim casando perfeitamente com o som brutal do Aborted. A pancadaria come solta no petardo e se você não prestar atenção vai terminar os 36 minutos do álbum achando tudo a mesma coisa so início ao fim. Ok, os caras não criaram alguns hits em meio a preenchimentos, isso é coisa de banda de hard rock, mas podemos perceber particularidades que definem cada música como única, mesmo que todos toquem o mais brutal que sabem. "Hecatomb" por exemplo tem uns breakdowns que os fazem se aproximar do deathcore, além de um riff no final muito thrash metal, enquanto a excelente "Gestated Rabidity" tem alternâncias expetaculares e um solo de guitarra que se não tem nenhum super poder, consegue carimbar a faixa com uma melodia que diz: "I don't give a fuck" pra qualquer um. "The Gangrenous Epitaph" tem um peso avassalador, com andamentos um pouco mais contidos, como um cruzamento de Gorefest com Carcass. Os vocais de Sven duelam entre o ultra gutural, que eu acho mais legal, e o gritado, que acaba dando uma pegada metal core ao som em alguns momentos. Outra faixa matadora é "Threading on Vermillion Deception", com sua letra em torno da necrofilia, mas um instrumental tão coeso e doentio quanto sua letra. Enfim, não ouça "The Archaic Abattoir" fazendo aquela faxina na casa. Pare e preste atenção nos riffs, nos vocais, na bateria destruidora. Certamente encontrará um álbum poderoso, uma ameaça aos ouvidos sensíveis. 

 

segunda-feira, 2 de junho de 2025

20 anos de Command To Charge do Suidakra!!!


Eu, particularmente, sempre achei "Command to Charge" o trabalho mais diferente da banda alemã Suidakra. Com um início bem calcado no black/folk, a banda liderada por Arkadius gravou no final de 2004 e lançou em 2005 seu sétimo trabalho, com a pegada mais melodic death possível. Nem os solos de guitarra mais folk conseguem deturpar a sensação de um som calcado em Gotemburgo, e a música "Second Skin" é um exemplo perfeito desta afirmação, tanto em seu título, que remete verdadeiramente a uma segunda pele apresentada pela banda, como o som diferente de outrora, como em suas bases death, seu belíssimo solo tipicamente celta e os vocais limpos que bandas como In Flames e Soilwork tanto imprimiram em seu som naquele período. Temos instrumentais mais folk para quebrar o clima, momentos deliciosos, que se não forem sublimes, conservam a etiqueta original da banda, como "A Runic Rhyme" e "Haughs of Cromdale". A capa do play, criada por Kai Swillus, me incomoda bastante, apesar dos tons azuis que tanto gosto, mas achei a caveira muito digital, e me faz lembrar bandas de metalcore, arte bem aquém da que ele  criou para "A Light in the Dark" do Metal Church. "Gathered in Fear" já é um belíssimo tema folk, cantada com a voz limpa do guitarrista Matthias Kupka sobre cordas acústicas, dando aquele toque existencial de floresta que toda banda deste segmento adora presentear seus fãs. "Dead Man' s Reel" é uma música que lembra música tradicional escocesa e é um dos momentos que faz você se esquecer do death melódico por 4 minutos, o que é bem legal. Tenho que admitir que taxar "Command to Charge" como um álbum de melodeath é algo puro e crucialmente um sentimento de recordação, nascido em meu âmago há 20 anos quando comprei este álbum pensando nas maravilhas de "Lays From Afar" e mais precisamente no inquestionável "Emprise To Avalon", mas quando o laser destrincha as ranhuras do CD, este sentimento fica relegado a segundo plano, uma vez que o sétimo filho do Suidakra joga tanto no ataque quanto na defesa, e hoje, proporciona momentos muito mais eficazes que na época de seu lançamento. Essa dualidade pode ser identificada na faixa que deveria fechar o trabalho, não fosse uma hidden track, a "The End Beyond Me", que esconde um final que apresenta após alguns segundos a vocalista Tina Stabel em "Moonlight Shadow", bem interessante e encantador, e dali em diante ela faria várias participações nos álbuns da banda. É necessário dar uma chance a este play, caso não o tenha ouvido nestes últimos anos.

 

domingo, 25 de maio de 2025

20 anos de The Code Is Red... Long Live The Code do Napalm Death!!!


"The Code Is Red... Long Live The Code" é o segundo lançamento do Napalm Death pela gravadora Century Media, e o primeiro de inéditas já que o debut foi um álbum de covers. O que temos aqui sem dúvida é um play do Napalm, com todas as características que você, criatura noturna, conhece. Bateria incansável e em alguns momentos (Sold Short) com levadas que remetem a estilos totalmente diferentes do death/grind e nem por isso soando como um bêbado numa reunião de AA. Temos algumas participações especiais ajudando Barney Greenway com seus gritos insanos. Estamos falando de Jeff Walker do Carcass na faixa "Pledge Yourself to You", que estava longe da cena a aproximados 8 anos, mas achei que seu vocal rasgado foi um pouco suplantado por Greenway em volume. Jamey Jasta do Hatebreed está presente em duas faixas, "Instruments of Persuasion" e na citada "Sold Short" e a presença mais significativa em termos de casamento bem sucedido, Jello Biafra do "Dead Kennedys" e outros, na ótima faixa "The Great and the Good", minha preferida no petardo. O momento estranho ficou com "Morale", uma faixa progressiva e pouco agressiva que, estranhamente ganhou um vídeo para divulgação do álbum, além da porrada de abertura "Silence Is Deafening".  Todos os músicos desempenham um papel crucial na configuração do som, seja Mitch Harris nos riffs sujos, porém bem produzidos, ora mijando fora do pinico grind e nos presenteando com aquela sonoridade death inglesa de anos 90, mas quase todo o tempo carregando no grind clássico, Shane Embury com as 4 cordas estourando e enchendo o ambiente de peso e distorção, ou Danny Herrera empregando muita velocidade em todas as faixas. Tenho certeza que há 20 anos muitos fãs julgaram "The Code Is Red..." apenas mais um álbum do Napalm e hoje o tenham como um clássico.

 

quarta-feira, 21 de maio de 2025

Entrevista com Gabriel Andrade (OSFIDECRUZCREDO)!!!

 





Metal e Loucuras – Gabriel, um prazer tê-lo em nossa página Metal e Loucuras. Se apresente para nossos seguidores.

 Meu nome é Gabriel, como você me disse, sou comediante stand up e faço vídeos de humor pra internet. Foi um jeito fácil que achei de largar a engenharia.

M&L – A primeira coisa que chamou nossa atenção em seus vídeos, foi a temática de metal extremo. A vida de cara do metal extremo numa cidade do interior de Minas. Você é realmente um fã de metal?

Sim. Desde criança. Meu pai ouvia algumas bandas de metal mas ele era mais do rock nacional e progressivo. Acabei depois eu mesmo descobrindo esse universo por conta própria.

M&L – Desde quando e quais bandas você mais curte?

Desde que nasci. Não me lembro quando comecei. Eu curto todo o universo do metal. Desde Black Sabbath até Rotting Christ. Sepultura, Velho, Sarcófago, Venom, Death, Mayhem. Se tem guitarra, eu tô ouvindo.

M&L – Você tem postado a criação de uma banda, com o hilário nome “Os Fi De Cruz Credo”. É só mais uma brincadeira, ou vocês estão levando isso a sério? Você toca algum instrumento?

Começou como uma piada mas depois a gente começou a fazer acontecer de verdade. Eu toco guitarra e meu irmão, Vinícius, toca bateria. O cabeludo que aparece nos vídeos como o personagem “primo”. A banda somos nós dois.

M&L - Qual será o estilo de metal?

Black Metal Mineiro!

M&L - Pelos títulos, será cantado em português, como serão as letras?

As letras serão sobre coisas cotidianas de Minas Gerais. Sempre em tom de comédia, porém levando a parte melódica mais a sério para de fato parecer uma banda. Porém sem esquecer que sou humorista, portanto segue sendo uma sátira.

M&L - Você mesmo está fazendo os vocais?

Sim. Eu mesmo irei cantar. (Eu espero).

M&L - Vc citou um CD em breve num vídeo, será físico ou apenas streaming? Vocês mesmos vão lançar?

A gente mesmo vai lançar e em streaming. A princípio nada físico pelo custo que isso acaba gerando.

M&L -Existe uma preocupação em ser comparados ao pessoal do Massacration?

Seria uma grande honra ser comparado a qualquer coisa criada no Hermes & Renato. Se eu sou humorista hoje, grande parte é por causa deles. Eu costumo dizer que é como xingarem o Greta Van Fleet por parecer Led Zeppelin. Meu amigo, se eu tenho uma banda e me dizem que tá parecido com uma das maiores da história, pra mim é elogio.

M&L - Sendo o estilo o metal extremo, você tem a preocupação da galera mais radical não entender que se trata de diversão e começar a jogar pedras?

Eu não dou a mínima pra isso, honestamente. Eu olho pra quem tá gostando. O que me preocupa são as pessoas que estão rindo. Quem tá odiando nunca me afetou na internet. Muito pelo contrário. Acho até engraçado uns "marmanjo véio" se doendo porque acha que o que ele gosta é sagrado. Me divirto demais com haters. E eles ajudam no engajamento, então só tenho gratidão por eles. (risos)

M&L – E como realmente é a vida de um headbanger numa cidade do interior, ou até mesmo da zona rural?

É bem diferente da capital. A gente cresce ouvindo esse som e depois acaba conhecendo meia dúzia de malucos que também gostam. Mas não tem show pra ir, nem bar de rock. É só a gente com a gente mesmo. Bebendo vinho barato na frente dos Correios e sendo amigo de todo mundo. Punks, metaleiros e idosas. Todos juntos.

M&L – Muitos personagens aparecem nos seus vídeos, a maioria apresentada como sua família. Eles realmente são seus parentes?

Todo mundo que apareceu nos vídeos até hoje é da minha família. Namorada, primos, irmãos, avó e até minha priminha 

M&L – Qual tipo de vídeo tem maior interação dos seguidores?

Os vídeos que a gente consegue juntar a vida na roça com as coisas da banda. Esses são os que vão melhor.

M&L – O que você faz da vida, além daquilo que os seguidores seguem nas redes sociais?

Faço show de stand up há 7 anos e vivo disso.

M&L – Existe uma programação de lançamento de conteúdo ou você tem aquela luz e do nada surge uma nova ideia e põe em prática?

Vem do nada, gravamos sem roteiro e vou criando na hora. Edito no celular mesmo e posto. Sem muita alteração ou cortes.

M&L – Conta pra gente, a herança da sua avó, aquele acervo cinematográfico, foi real?

100% real. Depois que ela faleceu fomos vasculhar as coisas dela e encontramos dezenas de segredos. Dentre eles, os filmes. 

M&L – Os títulos das músicas dos Fi Di Cruz Credo fazem sentido pra todos os seguidores, ou só nós mineiros conseguimos entender perfeitamente?

Todo mundo entende, mas só o mineiro sente na alma. É a mais pura verdade do nosso cotidiano. As pessoas acham que a gente exagera. Mas Minas Gerais é um país.

M&L – Deixa um recado pros seguidores do Metal e Loucuras, que não vivem apenas de metal, mas que ainda não conhecem mas podem conhecer as loucuras do seu perfil.


Eu espero que quem estiver lendo essa entrevista cole lá no meu perfil e se divirta. Eu tô em todas as redes sociais e tem vídeo quase todo dia. E em breve lançamos camisas e disco d’Os “Fi de Cruz Credo”. Valeu demais pelo papo e espero que a gente se encontre nos mosh’s por aí.









Endereço do Instagram:

https://www.instagram.com/gabrielandrademg?igsh=aXl1N2VlaXIxdWdv



quinta-feira, 1 de maio de 2025

20 anos de Descent into Chaos do Nightrage!!!


O Nightrage reformou a cozinha para o segundo álbum, recrutando o baixista Henric Calrsson e o baterista Fotis Benardo. Novamente trabalhando no cast da Century Media com Fredrik Nordström agora como engenheiro de som e teclados, passando a bola da produção para Patrik Sten, o que não comprometeu em nada à qualidade em relação ao debut de 2003. "Descent into Chaos" é mais agressivo, deve-se dizer, e o novo batera trouxe uma velocidade maior, para acompanhar os riffs de Marios Iliopoulos e Gus G. Ao contrário de outras bandas de death melódico como Soilwork, o Nightrage quase não emprega nenhuma veia progressiva em seu som, o que podemos ouvir com brevidade em músicas como "Frozen", mas as faixas são mais retas e curtas, uma pequena referência ao metalcore americano. Algo que me agrada no primeiro álbum são os vocais limpos que ficaram a cargo do convidado Tom Englund do Evergrey, contrastando com os ótimos rugidos roucos de Tomas Lindberg, e confesso que quando soube que Mikael Stanne faria as vozes limpas neste play, fiquei ainda mais empolgado, pois quando ele cantou assim no Projector do Dark Tranquillity ele fez um trabalho soberbo, o melhor de sua carreira. Mas como convidado por aqui ele canta apenas na faixa "Frozen" com uma voz bem longe das lamúrias melancólicas que esperava, mas fazendo algo quase eletrônico. Decepção neste quesito é o que posso dizer. Algumas músicas como "Silent Solitude" lembram bem o debut, com uma veia mais melódica, mas no geral este álbum é um retrocesso e esperava mais dele. Porque nem sempre quando uma banda reduz as melodias e aumenta o tom agressivo não quer dizer que ela soe melhor. Gus é declaradamente um cara de boas melodias e elas não foram muito bem introduzidas por aqui. Faixas menos aceleradas como "Release" são mais agradáveis de se ouvir, mesmo que no geral a banda parece que não se empenhou em criar nada contundente e que fosse ser referência ao longo dos anos posteriores. Parece até que eles gravaram a fraca música instrumental "Solus" como desculpa para a veia mais metalcore, o que não reduziu em nada seu deslize. Pode ser que no mercado americano "Descent into Chaos" tenha se saído melhor por isso, mas como não sou americano, não vou passar pano. 

 

quinta-feira, 24 de abril de 2025

20 anos de Ashes do Tristania!!!


Me apaixonei pelo Tristania nos primeiros segundos de "Widow' s Weeds" e esta paixão duplicou com a chegada de "Beyond The Veil". Porém no terceiro álbum, "World of Glass", quando lançado, acabei por relegar a banda a patamares inferiores em minhas prateleiras de gosto musical, por todas as questões que já abordei aqui na página, quando o álbum completou 20 anos em 2021. O álbum anterior conserva ainda uma filosofia musical ou gene artístico de seu fundador Morten Veland, mas o 4º álbum da banda, "Ashes", lançado em 2005 pela Steamhammer (uma clara referência de perda de popularidade após trabalhar com a Napalm Records ou o motivo para isso?) viu a luz do dia, apesar de sua alma cinza, num formato bem diferente do anterior. "Ashes" tem uma essência totalmente gótica. Tem a melancolia Doom, mas com efeitos mais soturnos e menos tristes. Os vocais masculinos não são mais guturais, eles se revezem entre o rasgado de Kjetil Ingebrethsen e os limpos de Osten Bergoy, ótimos por sinal, mas os rasgados não têm nenhuma qualidade que me faça mostrar os dentes durante a audição. No quesito voz, a sensação continua sendo a belíssima Vibeke Stene, que reduziu consideravelmente o canto lírico e agora nos presenteia com vozes angelicais em perfeita harmonia com o som mais acústico proposto pela banda em "Ashes". As 3 primeiras faixas são exemplos fiéis daquilo que o Tristania praticou neste álbum. A abertura com "Libre" mostra que as camadas excessivas de outrora não existem mais, e a banda aposta mais na simplicidade e introspecção, mas os vocais rasgados soam forçados e desnecessários nesta faixa. Em seguida temos "Equilibrium" e é quando percebemos quão soberba é Vibeke com sua voz importantíssima para a banda. E logo depois temos o maior destaque do álbum, a raivosa "The Wretched", com todos os músicos se sobressaindo e um riff gelado e mal de Anders Hoyvik tomando os espaços. O baixo de Rune Osterhus está presente em todo o trabalho, mas ganha destaque especial em "Circus", numa passagem pesada e cheia de charme. As letras de "Ashes" são um prato de sangue e flores à parte. São o tipo de letras que dá gosto de se ouvir e compreender elevando a experiência da audição do álbum, transmitindo uma profundidade mórbida, transformando músicas como "Shadowman" em pura, bela e sensível arte gótica. O Tristania mudou, perdeu identidade, perdeu público, mas se reinventou, e encontrou na simplicidade uma fórmula quase perfeita para se transformar, sem perder totalmente os vínculos, se distanciando sem se distanciar do espírito que deu início a esta jornada desolada e perene!

 

20 anos de Heretic Signs do ByWar!!!


Três anos após o debut "Invincible War" os paulistas do ByWar retornavam com "Heretic Songs", um trabalho melhor produzido e mantendo a mesma essência, lançado agora pelo selo Kill Again, com uma arte em tons azuis mas nem tão legal quanto a anterior. O petardo abre com a intro "Into The Curse" que serve de entrada para a cassetada "Heretic Signs". A rifferama continua preponderante, mas a produção deixou o som mais claro, com a bateria talvez uns decibéis acima do necessário, mas nada que comprometa. Um ponto importante foi a banda manter a mesma formação do debut, com a galera adquirindo mais experiência e consequentemente agregando mais ao thrash old school na veia alemã da banda. Enrico Ozio era o cara das baquetas, que vez ou outra introduzia alguns blast beats no som, trazendo um diferencial para o som praticado e tocando rápido para a alegria do mosh geral. O baixo de Hélio Patrizzi está bem presente, ponto para a produção que não escondeu este instrumento tão importante para o estilo. Dá pra sentir a pulsação em momentos mais slow (e raros) como naquele trecho lá pelos 3 minutos de "Frozen Deadly War" que é uma música bem legal. As guitarras de Vitor Regep e Adriano Perfetto evocam o que de mais tradicional o thrash europeu poderia prover. Riffs envolventes e frenéticos com alguma melodia mais evidente como  na introdução do solo de "The Last Life" ou no início de "Subconscious Death". Um ponto a se registrar são os vocais de Perfetto. Alinhados com perfeição ao instrumental praticado, impossível não mencionar a similaridade à voz de Schmier do Destruction. Aquele rasgado raivoso e anasalado, cativante e muito funcional. É necessário ouvir o álbum na íntegra, mas momentos importantes como os já citados, além de "Inquisition" com aquela passagem mais cavalgada e a super thrasher "At Trance with Metal" também devem ser mencionados. A banda havia anunciado um retorno durante a pandemia, mas pouco se ouviu falar no ByWar depois disso. Seria bom um retorno real à ativa. "Thrash Till Death", criaturas!!!