quinta-feira, 18 de julho de 2013

Schizophrenia

 Em 1987 o Sepultura de Belo Horizonte lançaria o primeiro divisor de águas de sua carreira, Schizophrenia, abandonando o death metal e caindo de cabeça no thrash. Com a saída do guitarrista  Jairo Guedz e entrada do paulista Andreas Kisser, o Sepultura começava a fazer um som mais técnico, fato que fez com que alguns fãs torcessem o nariz enquanto a banda ganhava milhares de outros. O álbum abre com a clássica vinheta do filme Psicose com Max gritando a palavra Schizophrenia de trás para frente. E a primeira pancada e melhor música deste trabalho é From The Past Comes The Storms. Ela começa em ritmo acelerado que se alterna em partes muito propícias ao mosh. Depois vem To The Wall, seguindo a mesma qualidade e menos acelerada. Escape To The Void também é uma das melhores desta fase, com aquela parte cadenciada a la Kreator no meio que ficou matadora. As letras deste álbum deixaram de lado o 'diabismo clichê' e ficaram mais sérias.
Inquisition Symphony é a maior surpresa deste disco, pois quem imaginaria que naquela época os caras fariam uma música instrumental e ainda mais passando dos sete minutos? Screams Behind The Shadows é uma música muito boa, mas que ficou um pouco apagada no meio das outras. Septic Schizo vem em seguida quebrando tudo novamente, apresentando riffs que davam a tônica das músicas do próximo trabalho "Beneath The Remains". The Abyss é mais uma instrumental, esta bem curtinha bem no estilo dos dedilhados encontrados em "Ride The Lightning" do Metallica e serve de introdução para a última música "R.I.P. (Rest In Pain)". Aqui Max até solto aquele "uhh" igualzinho ao Carlos Lopes da Dorsal em "Antes do Fim", e esta música é outro grande momento de Schizophrenia. É um grande álbum, com passagens marcantes e uma banda entrosada e fazendo um som com muita qualidade, louca para alcançar o mundo. Mesmo que não chegue nem perto de ser o melhor álbum da boa fase da banda.

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