quarta-feira, 3 de julho de 2013

The Laws Of Scourge


O Sarcófago, que não conseguia repetir uma formação em seus lançamentos e contava com Gerald Minelli (baixo) e Wagner Lamounier (guitarra e vocal) desde a fundação, juntou forças com Fábio Jhasko (guitarra) e Lúcio Olliver (bateria). O resultado: muita técnica e brutalidade nas faixas de The Laws of Scouge de 1991, o melhor álbum do Sarcófago. Aqui tudo é preciso, violento, e feito com raça. As melhores letras que a banda compôs, o vocal do Wagner, o visual, tudo indicando que o Sarcófago atingiria o mundo. 
O disco abre com a pancadaria da faixa título, passagens técnicas e passagens super velozes com vozes guturais. Wagner mandou muito bem aqui. Depois vem "Piercings", com começo cadenciado, guitarra solando, e vai ganhando ritmo. Na sequência "Midnight Queen", uma das preferidas de muito banger, contando a história de uma prostituta que é assassinada em um quarto de motel. Os backing vocals fazem a diferença no refrão desta faixa clássica. Depois vem Screeches From the Silence, a faixa que ganhou o único vídeo clipe da carreira da banda e melhor deste álbum. É uma porrada sem freio, com direito a uma sombria camada de teclados ao fundo. Prelude To a Suicide, uma das menos comentadas, talvez pelo ritmo mais lento, porém é uma de minhas favoritas. The Black Vomit, regravação que já havia aparecido em versão bem melhor no War Fare Noise, mas que não tira nada do brilho deste play. Pra fechar com chave de ouro Secrets of a Window, com um peso absurdo.
Como sempre disseram, Sarcófago é daquelas bandas que se ama ou odeia, não tem meio termo. E se com este artefato eles não conseguiram atingir o mundo pelo mainstream, com certeza atingiram pelo underground.

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