domingo, 8 de novembro de 2020

20 anos de Dawn Of Victory do Rhapsody Of Fire

 


Na época o Rhapsody (sem o On Fire que veio após uma disputa judicial) levava o Power Metal a outro patamar impregnando sua música de sinfonia num misto de heavy metal e temas para o cinema. Com uma temática cheia de guerreiros em armaduras fantásticas, espadas poderosas e dragões terríveis, o Rhapsody era a trilha perfeita para jogadores de RPG, mas cativava também muitos outros amantes do metal. Afinal os italianos tocavam muito e estavam no auge quando gravaram seu terceiro álbum, o impressionante Dawn Of Victory. Alessandro Lotta no baixo acompanhava o baterista contratado Thunderforce, ou seria o fantasma da bateria, já que sua identidade nunca foi revelada e as más línguas pregam que a banda utilizava uma bateria eletrônica, Luca Turilli despejava harmonias épicas na guitarra, numa base perfeita para a voz espetacular de Fabio Lione. Como canta este cara. Nos teclados a banda tinha o grande trunfo que era Alex Staropoli, responsável por todas as orquestrações inerentes ao som da banda, aquilo que a fazia se distinguir das demais. A trinca inicial, após a intro, é fantástica, com a poderosa faixa título destruindo tudo, a clássica "Triumph For My Magic Steel" mostrando um pré refrão que gruda de imediato e a belíssima "The Village Of Dwarves" que nos deixa ainda mais encantados com a voz de Lione, e tem um clima bem Folk. "Dagor, Shadowlord of the Black Mountain" é um belo Power Metal mais centrado nas guitarras, enquanto "The Bloody Rage of The Titans" é mais cadenciada e se aproxima de uma balada, apesar de apresentar umas nuances mais soturnas. "Holy Thunderforce" é a música mais forte do álbum, até as vozes de Lione estão mais agressivas e a bateria bem mais acelerada. Grande momento de Dawn of Victory. A arte da capa é outro detalhe interessante do álbum, mostrando o personagem principal da saga, o Guerreiro de Gelo destroçando demônios enquanto um terrível dragão se aproxima. O álbum segue com a instrumental "Trolls In The Dark", a contagiante "The Last Winged Unicorn" onde aparecem vozes femininas, e a épica faixa "The Mighty Ride Of The Firelord" com mais de 9 minutos de duração e várias mudanças de andamento, com cada passagem mais inspirada que a outra. Belíssima obra que completou 20 anos no dia 30 de Outubro.



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