sábado, 28 de novembro de 2020

20 anos de Profoundemonium do Trail of Tears.

 


Houve um período na história em que o Gothic Metal, mais precisamente o estilo A Bela e a Fera esteve no topo das paradas, com bandas de qualidade pipocando em todas as partes do mundo, mas o foco inicial deste vírus que se espalhou foi na Noruega, desde o poderoso Theatre Of Tragedy. E é justamente desta terra gelada que veio o Trail Of Tears, formado em 1997 e que durou até 2013, mas que recentemente anunciou seu retorno. Profoundemonium, talvez por ter nascido em pleno boom do estilo, é ainda hoje o álbum mais lembrado dos noruegueses, tendo à época 7 integrantes no line up, sendo eles os vocalistas Ronny Thorsen e a bela Helena Michaelsen, hoje no Imperia, os guitarristas Runar Hansen e Terje Heiseldal, o baixista Kjell Hagen, o baterista Jonathan Perez e nos teclados Frank Hagen. O que ouvimos em "Driven Through The Ruins" é uma banda mais pesada que várias outras do estilo, com vocais guturais muito fortes e um som bem energético, pois a melancolia não é o atributo mais forte do Trail of Tears. Já na excelente "Fragile Emotional Disorder" temos uma ênfase maior nos teclados e vocais masculinos limpos de arrepiar os cabelos da nuca. A faixa título tem arpejos de guitarra sobre teclados e corais tímidos porém de muito bom gosto. Em "Sign Of The Shameless" as guitarras estão muito bem, e você percebe como a voz de Helena é forte, mais grave que de alguns marmanjos por aí, um diferencial contrapondo às vozes angelicais do estilo. Após a instrumental "In Frustration's Preludium" criada no teclado temos sua sequência "In Frustration's Web" com riffs Power Metal e algumas mínimas pitadas eletrônicas, mas um grande momento do trabalho com direito a dueto vocálico. A capa de Profoundemonium não traz nenhuma arte elaborada, mas uma foto simples de uma mulher enrolada em uma toalha e segurando algo como um chicote para autoflagelação. "Released At Last" vem em ritmo acelerado com Helena soltando a voz enquanto "Image Of Hope" traz até um toque meio Folk na estrutura. "Disappoitment's True Face" é aquela faixa mais épica, onde as variações de melodias e passagens grandiosas mostram quão fértil estava o processo criativo da banda. E o grande trabalho fecha com a ótima "The Haunted". E um detalhe importante para os fãs do estilo, no retorno da banda neste ano, quem está nos vocais femininos é ninguém menos que Ailyn, dona daquela voz maravilhosa em 4 álbuns do Sirenia.

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