sexta-feira, 13 de novembro de 2020

20 anos de Reinventing The Steel do Pantera


Em outra oportunidade, quando listamos as piores artes de capas de grandes bandas, já malhamos bastante a capa do último álbum do Pantera, de forma que vamos nos concentrar no som desta vez. "Reinventing The Steel" não reinventa nada na verdade. Aliás ele não se compara à trinca inicial da banda, (não consideramos a fase glam), mas é verdade que é um belo álbum, pesado, com atitude e ótimas músicas. O começo com a porradaça HellBound mostra uma banda que não seria tão extrema quanto em algumas faixas de "Far Beyond Driven" mas que também não se renderia aos modismos do novo milênio. A faixa é rápida e quando você pára para focar no álbum já pulamos para o melhor momento do trabalho, "Goddamn Eletric", com o saudoso Dimebag mandando bases tão fodásticas que ninguém consegue ouvir parado. Sabe aquele momento que você acaba aumentando o volume do som, pois é, é nessa música aí, sem contar no refrão perfeito para as bases. "Yesterday Don't Mean Shit' sequencia a destruição com mais uma bela interpretação de Phil Anselmo, ao passo que entre uma estrofe e outra o também saudoso Vinnie Paul destrói na bateria. "You've Got To Belong To It" pode começar com alguns barulhos estranhos mas logo volta à pancada normal, com muitas paradinhas e uma entonação dos vocais que remetem a algo de Cowboys From Hell, e mais para o final ela cai numa passagem meio psicodélica com alguns ataques espaçados de guitarra que ficou bem diferente e legal. Outro grande momento do play leva o nome de "Revolution Is My Name". Tudo bem que aquele início caótico até assusta, mas logo logo todo o peso ao redor de uma base cavalgada perfeita bota a galera pra pular. Não à toa ela foi coroada com um vídeo clipe na época. Devemos dar crédito à produção do álbum, que deixou tudo muito distinguível em meio a toda a brutalidade dos americanos. Depois temos "Death Rathe" que não chama muito a atenção, não é ruim, mas não tem aquele charme especial. "We'll Grind That Axe For A Long Time" vem para não deixar a coisa desandar e temos mais ótimos riffs naquele estilão "I'm Broken" de ser. "Uplift" melhora mais ainda o astral com aquelas partes cantadas com apenas Vinnie tocando, que ficou sensacional. É nesta faixa que Rex se apresenta como um p#ta baixista. Bate cabeça rapaz, tá liberado! "It Makes Them Disappear" tem um maligno riff pesadérrimo que impressiona e o groove come solto. "I'll Cast A Shadow" fecha o derradeiro trabalho do Pantera com muito peso e gritos. Um álbum forte que rivaliza apenas com seu antecessor na discografia Thrash da banda, mas que mesmo assim mostra que o quarteto fluía muito bem e em conjunto, pois nenhum deles conseguiu ser tão brilhante fora do Pantera. Coisas de família.

 

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