Pra ser sincero, ouvi o Nation apenas na época de seu lançamento, portanto ao escrever esta resenha é como se fosse a primeira audição do álbum, já que durante 20 anos, o que ficou na memória foi apenas a sensação de que Nation é um trabalho que não valia a pena ouvir novamente. É óbvio que não se deve ouvir Nation ou Against comparando com trabalhos como Arise ou Beneath The Remains, então vamos tentar abrir a mente. A arte da capa novamente não agrada, fica aquela imagem meio Rage Against The Machine, o que já é um ponto negativo pra quem quer ouvir um álbum de Thrash. Mas o riff principal de "Sepulnation" é bem legal, as batidas tribais de Igor estão interessantes e o vocal de Derrick já não causa espanto. "Revolt" é hardcore total, tão rápida que faz Biotech Is Godzila parecer um épico progressivo. "Border Wars" vem com groove e também é uma faixa que não incomoda. "One Man Army" traz vocais limpos como diferencial e se a ouvisse hoje em qualquer lugar duvidaria ser Sepultura. É uma faixa legal que poderia ser mais curta. "Vox Populi" segue na mesma pegada apesar do riff chato, enquanto "The Way of Faith" começa mais introspectica, seguindo aquela proposta de algo mais ritualístico ao falar de fé, como em "Under Siege" e "Amen". "Uma Cura" que só tem o refrão em português segue o mesmo estilo arrastado enquanto "Who Must Die?" traz nova agressividade com bons riffs. O álbum ainda apresenta bons momentos em "Politricks", "Reject" que tirando as inserções narradas é uma música foda, e "Water", que contraria tudo que se esperava de um play do Sepultura. A impressão melhorou após 20 anos.
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