domingo, 26 de setembro de 2021

20 anos de Violent Revolution do Kreator!!

 


Ah se todo retorno fosse assim!... Não era um retorno às atividades porque não houve pausa, mas um retorno ao estilo puro em sua essência, sem as misturas industriais ou góticas realizadas nos anos 90, cujo único petardo fiel ao Thrash havia sido o distante Coma of Souls. E é claro que a banda sabia disso, pois de cara o álbum abre com uma faixa chamada "Reconquistando o trono", para mostrar que voltou para tomar aquilo que lhe pertencia. E veio com aquele espírito agressivo e imponente, com os melhores vocais de Mille Petrozza em muitos anos. No line up uma mudança significativa foi a entrada do jovem guitarrista Sami Yli-Sirniö, então com 29 anos, no lugar de Tommy Veterlli (Coroner), e que continua na banda nos últimos 20 anos. A capa de Violent Revolution serviu para consolidar o mascote Violent Mind como figura absoluta do Kreator, cuja própria pele costurada envolve o cérebro exposto de outrora. A faixa título é o ponto mais alto deste trabalho, aquele Thrash épico que faz frente a clássicos como Holy Wars do Megadeth ou Master of Puppets do Metallica, com mudanças de andamento, agressividade dando espaço à melodia e solos de guitarra perfeitos. Um hino do Thrash. Outras faixas que se destacam de cara pra quem ouve este trabalho são "Servant In Heaven  - King In Hell" com uma construção fantástica e a agressividade de "Ghetto War", cujas guitarras trazem uma herança de Outcast, mas sem se aproximar demais da sujeira industrial, trazendo um refrão gritado que ecoa em nossa mente por muito tempo. "Replicas of Life" tem um início que engana, levando a crer numa balada, mas logo se transforma em uma grande música, mas com momentos distintos, num belo dueto entre velocidade e cadência. Um álbum recheado de músicas excelentes que deve ser ouvido sempre, e figurar ao lado dos melhores da discografia da banda, que recuperou o trono de reis do Thrash europeu.

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