sábado, 4 de setembro de 2021

Entrevista com The Mist

 


 Já temos algumas entrevistas publicadas ao longo dos anos no Metal e Loucuras, o que de alguma forma já nos deixa confortáveis na hora de formular as perguntas necessárias para que o bate papo seja interessante para nossos leitores. Claro, desde o início, há 12 anos, tudo não passa de uma celebração ao Heavy Metal, este estilo musical que amamos ao ponto de fazer dele um estilo de vida e filosofia, aberta a tudo aquilo em que acreditamos ser o certo e melhor para suportar de forma digna nossa passagem por esta terra. Mas confesso que a alegria de poder publicar uma entrevista exclusiva do The Mist, um dos grupos mais fortes do metal mundial (sim, separar o nacional do gringo com a excelência destes músicos é irracional), foi além do esperado, ao passo que a incerteza de não conseguir extrair de mim o melhor para esta conversa foi desesperador, afinal quando entrei no mundo metálico em 1992, o The Mist já havia lançado dois dos melhores álbuns de Thrash Metal da história, com uma influência de metal progressivo, que até a gravadora tinha dificuldade de rotulá-los na época. Portanto a seguir, mesmo que de forma tímida, o que temos não são apenas perguntas para preencher um espaço reservado às comemorações de 12 anos desta página. São uma reverência a um dos maiores ídolos do metal, o gigante The Mist. Com vocês, ninguém menos que Vladimir Korg!!!



M&L – O The Mist pegou seus fãs de surpresa em 2018 com seu retorno à ativa. Começou a fazer algumas apresentações muito aguardadas em várias cidades do Brasil, até a chegada da pandemia. Como a banda encarou este retorno aos palcos, como estava a expectativa e como foi a reação dos fãs durantes este shows?

Korg - Foram shows maravilhosos! Conhecemos pessoas incríveis. Conseguimos trazer para o agora o The Mist que os fãs estavam saudosos. Foi missão cumprida. O The Mist está bem vivo.

M&L – Então houveram mudanças na formação e a primeira delas foi a saída do Jairo para se dedicar ao The Troops of Doom. Isso abalou os ânimos da banda ou foi um processo natural, uma vez que ele era um dos pilares do The Mist?

Korg - Foi uma perda importante mas nós e já esperávamos. Jairo tem um caminho pela frente e nós não poderíamos impedir e ele sabia que ele teria que focar. Foi uma saída tranquila e ele foi muito importante para o caminho que trilhamos. Desejamos muita sorte pra ele.

M&L – Recentemente o membro mais antigo da banda, Christiano Salles, também saiu. Fale sobre sua saída e como foi a escolha dos recém chegados Edu Megale na guitarra e Ricardo Linassi na bateria.

Korg - Chriss escolheu sair e foi uma saída dolorida, ao meno para mim, mas a gente tem que respeitar a decisão dele e desejar boa sorte. Nesta pandemia cada um tem seu corre e está todo mundo meio fora do prumo. Mas em contra partida nos uniu, eu, Wesley e Edu. Trabalhamos muito e fizemos grandes músicas e breve todos irão poder ouvir. Contratamos o baterista Riccardo Linassi e nos surpreendeu muito como ele leu a nossa música. É um cara muito talentoso.

M&L – Um dos anúncios mais legais e criativos de um novo membro em uma banda foi o de Edu Megale naquela foto em frente o estádio Mineirão e a brincadeira relacionada ao futebol. De quem foi esta idéia sensacional?

Korg - Foi minha. Queríamos uma coisa leve e brincar um pouco tanto com os cruzeirences quanto com os americanos.Tudo muto de boa.


M&L – Um novo trabalho está pronto e será lançado em breve, sendo com certeza um dos álbuns mais aguardados do metal nacional dos últimos anos! Isso coloca algum tipo de pressão em vocês ou não é a forma como enxergam este lançamento?

Korg - No início sim. Agora estamos muito felizes com o resultado. Estamos tranquilos. Achamos nossa música e nem por isso deixamos de sair da trilha que o The Mist abriu no inicio dos anos 90.

M&L – O que você pode nos falar deste trabalho?

Korg - Está rápido. Solos muito inspirados e um baixo típico do The Mist. Eu nunca cantei tão bem.

M&L – Korg, é perceptível a diferença em sua forma de escrever e cantar nas duas principais bandas de sua carreira. Enquanto no Chakal você tem aquela pegada mais crua e agressiva, no The Mist sempre apresentou aquele lado mais técnico e letras que são verdadeiras poesias macabras. Estes dois lados são intencionais e trabalhados para soar distintos ou aquela vibe da criação das músicas é que dá a direção da sua participação?

Korg - Sim, sua colocação é perfeita. Sou responsável por dar a cara das músicas, a identidade. E consigo distiguir bem o Chakal do The Mist. Em cada uma delas tento dar o meu melhor. São bandas do meu coração...as duas!

M&L – Phantasmagoria e The Hangman Tree são obras seminais e é impossível imaginar nosso cenário sem estes trabalhos. Como foi aquele período de gravação destes álbuns?

Korg - Muita correria, mas todos os músicos fizeram com garra e coração. Acho que os dois álbums tem muita paixão pelo metal e pela cena. Queríamos ser diferentes. Seguir um rumo diferente das outras bandas.

M&L – Não me lembro de alguma ocasião onde você cantou músicas gravadas por outro vocalista, seja no Chakal (Laranja ou Sergio) ou no The Mist (Marcelo ou Cassiano). Seria espetacular ouvir o The Mist tocar Jesus Land (Gottverlassen) por exemplo, com a sua voz.

Korg - Comecei a ensair um pouco a Devilscreen. Ficou boa a voz nela. Vamos ver se ela se encaixa nesta nova formação.

M&L – Agradeço imensamente sua participação, é uma honra trazer você com o The Mist para nossa página, desejo toda sorte do mundo com este lançamento, e o espaço é seu para finalizar.

Korg - Siga o The Mist nas redes sociais e comprem nossos merchandising para que possamos prosseguir até conseguirmos ter uma certa sustentabilidade no mercado. Não só o The Mist, mas todas as bandas nacionais estão precisando de ajuda agora. Ouça nosso trabalho novo. Nossa primeira música está on line no spotify dia 06 de outubro. Chama-se My inner monster. Se cuidem !

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