terça-feira, 26 de dezembro de 2023

20 anos de Forged in the Blackest of Metals do Prophetic Age!!!

 


Vamos começar pelos detalhes oculares deste álbum. O logo da banda é perfeito, macabro como pede o estilo e totalmente legível, mais uma bela obra de Christophe Szpajdel. A arte da capa, de autoria de Yuri d' Ávila em tons de azul é linda, um capricho para quem não consome apenas música, mas também sua embalagem. E o título do álbum, "Forjado no mais Negro dos Metais", não poderia ser mais condizente e legal para uma obra de black metal sinfônico. Por estes detalhes já percebemos o esforço da banda em mostrar qualidade, além de preencher sua própria satisfação em lançar algo com muito com gosto. Mas será que o som desta turma de Mauá acompanhava todo o charme do material? É colocar o CD pra rolar e se esbaldar em uma música extrema, carregada de melodias sensacionais, e de uma qualidade fora de série. Este, que é o segundo álbum do Prophetic Age, é um dos trabalhos de mais respeito da cena metálica nacional deste milênio. A bela intro "In Sangues Veristas" já abre as portas para a sensacional "Through Stormy Skies We Hide Our Hordes", quando percebemos nos riffs de guitarras uma aura Rotting Christ, rodeada por elementos sinfônicos de muita qualidade. Os teclados acompanham com muita eficiência a pegada extrema, com uma bateria fortíssima, e vocais rasgados e muito raivosos. Temos momentos de guitarras intrincados como na "The Symphony Leads the Fallen" e uma passagem bem Dimmu Borgir no início de "The Blood Feeds My Army", mesmo que a banda deposite sua inspiração no metal mineiro dos anos 80, além de Dissection, Emperor e Rotting Christ. Alguns vocais graves são introduzidos de forma eficaz, sem medo de cair no ridículo como já ouvimos em outras obras, mostrando que o Prophetic forjou seu som com os pés no chão, sabendo o que estava fazendo. Gravado na época por Rheiss na guitarra, Gregor no baixo, Sferatu nos vocais, Mortum nos teclados e Samash na bateria, a banda infelizmente entrou num hiato um tempo após este lançamento, mas voltou à ativa durante a pandemia, e tem gravado material novo. Uma pena eles não terem dado continuidade naquela época, pois seriam hoje uma das maiores do país. Nada que um pouco de trabalho duro não possa reconquistar. Ouça esta obra, caso ainda não conheça. Não damos notas em nossos 'reviews', mas este merecia um 10. Completando 20 anos e ainda atualíssimo. 

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