terça-feira, 26 de dezembro de 2023

20 anos de Through the Ashes of Empires do Machine Head!!!

 


O filho pródigo à casa retorna. O Machine Head saiu pra conhecer prostitutas, e gastar sua fortuna com os prazeres do mundo, foi jogado em um chiqueiro pela maioria de seus antigos fãs, comeu a lavagem dos porcos, mas não teve vergonha de voltar para a casa de seu pai, o groove-thrash, de onde não deveria ter saído, mas que às vezes é uma aventura interessante para conhecermos o outro lado do mundo. E "Through the Ashes of Empires", de 2003, mostrou ao mundo que os americanos liderados por Robb Flynn fizeram a coisa certa, e receberam de volta uma das bandas que mantiveram o metal em alta em meados dos anos 90, somente alguns degraus abaixo de Sepultura e Pantera. Está claro para mim que este álbum não é a obra definitiva desta nova fase, mas ele certamente trouxe de volta os elementos que adoramos ouvir no som destes caras. Agressividade e raiva, riffs intrincados, bateria esmagando crânios, e vocais cuspindo fogo. Uma música para bater cabeça, se esbaldar no mosh, e não para pular como se tivéssemos molas nos pés. "Imperium" mostra isso logo na abertura, e em alguns momentos o som fica tão perturbador, que mostra que os caras nem estavam pensando direito na hora de mostrar que estavam sendo eles mesmos, e entraram de cabeça na pancadaria. "Bite the Bullet" tem um título até suspeito, e o primeiro vocal de Flynn até que engana, mas a rifferama pesada afasta qualquer medo de recaída, e só confirma a capacidade que estes músicos têm de mesclar o groove e a violência com passagens mais clean. Uma música curta, mas que te faz uma vontade de socar quem está por perto! E o início de "Left Unfinished" que parece um Motörhead do inferno e faz passar batido aquela parte melódica e chata do refrão. O álbum é honesto até o fim, digamos que "Imperium" não possa ser sobrepujada, ela é a melhor faixa deste trabalho, mas já li algumas obscenidades dizendo que é a única boa música. Comentário ridículo de quem mal ouviu o restante do álbum. Pegue apenas "In the Presence of My Enemies" para se certificar do que estou falando. Este álbum, que completa 20 anos, é um recomeço digno, para uma banda que viria a crescer consideravelmente em sua sequência.

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