sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

20 anos de Prey do Tiamat!!!


O início do oitavo álbum dos suecos do Tiamat me faz lembrar do jargão de um comediante brasileiro chamado Sergio Malandro, onde ele dizia "pegadinha do malandro" quando tentava enganar alguém. E olha que em determinados momentos até conseguiram pois já li e ouvi algumas coisas sobre "Prey" que realmente me deixou pensativo. Estou falando dos sons de pássaros que nos remete imediatamente ao clássico quarto petardo da banda, o fantástico "Wildhoney", levando a crer que a banda comandada por Johan Edlund voltaria ao passado com seu doom melancólico e pesado. Mas o que ouvimos em "Prey" ainda é uma banda gótica que talvez, e graças aos deuses do metal, deixava um pouco de lado aquela influência de rock pastelão que andou gravando. Mas dizer que este álbum tem algo de "Wildhoney" além dos pássaros e tic tac de relógios é algo de alguém que certamente nem ouviu este trabalho. Para início de conversa, os vocais de Edlund só ficam um pouco mais raivosos na oitava faixa, "Light in Extension", e nas outras soa como um Peter Steele sem ser tão grave, mas bem mais que no álbum anterior, "Judas Christ" (2002). Não é ruim, mas não é o que queríamos ouvir. Talvez por isso o trabalho comece a ficar legal em faixas com vocais femininos, com Sonja Brandt cantando nas faixas "Divided" e "Carry Your Cross and I"ll Carry Mine", músicas que não fogem em nada da proposta da banda naquela época, muito menos pelos vocais femininos. "Clovenhoof" é minha preferida, ela tem até um certo peso (pena) com um solo legal de guitarra e um ritmo bom de se ouvir. A melancolia de "Wings of Heaven" também chama atenção, e o trabalho tem alguns interlúdios instrumentais interessantes, todos com pouco mais de 1 minuto, que se melhor explorados poderiam enriquecer algumas canções, sendo "The Garden of Heathen" meu preferido. A capa de "Prey" lembra muito a do trabalho anterior, mudando os elementos, sai o bode entram as garras. Num todo, este álbum não é ruim, mas também não empolga muito. Um bom CD pra deixar ao lado daqueles últimos álbuns do Katatonia.

 

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