quarta-feira, 5 de junho de 2024

20 anos de The Art of Dying do Death Angel!!!


Uma troca de guitarrista (sai Gus Pepa e entra Ted Aguilar) e um longo período desde o último álbum (Act III foi lançado 14 anos antes, em 1990) não trouxeram um Death Angel desmotivado nem sem muitas ideias. Tudo bem que "The Art of Dying" não seja tão fantástico quanto seu sucessor "Killing Season", mas ainda assim temos aqui uma obra de grande representatividade dentro do thrash metal. Temos músicas com personalidade, cada uma com sua cara própria que passam longe de uma banda tentando desesperadamente reviver um passado de glórias. "The Devil Incarnate" é um exemplo da amplitude que estes músicos conseguem alcançar com sua música, pois tem um pé fincado no heavy metal com uma nuance cadenciada que ganha velocidade em sua parte final, e que tem um trabalho de guitarras bem clássico. Já as músicas "Prophecy" e "Thrown to the Wolves" se aproximam mais daquilo que fez do Death Angel uma das bandas de thrash mais promissoras da Bay Area. "Thicker than Blood" também se aproxima disso, apesar de conter uma sujeira proposital maior nas seis cordas, que o padrão do álbum. Agora o que realmente sai do padrão são faixas como "No" que aparentemente tem algo de faroeste no som, que eu não me atreveria a chamar de country, mas que caminha naquela região sulista de rock 'n roll, ou a bem estranha "Famine" que particularmente achei horrível. Músicas como "Spirit" com aquela tradicional veia speed de Anthrax também agradam, mas a verdade é que mesmo sendo um bom álbum, "The Art of Dying" carece de agressividade. Eu gostaria muito que Mark Osegueda gritasse mais neste trabalho. Ok que a cozinha de Dennis Pepa e Andy Galeon ainda esteja bem compacta e graças aos céus a banda não esconda o som das quatro cordas como muitas outras, mas este trabalho, mesmo não sendo aquilo que os fãs de longa data ansiavam, serviu para pavimentar o piso para próximos lançamentos muito superiores. 



 

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