sábado, 1 de junho de 2024

20 anos de Since The Day It All Came Down do Insomnium!!!


O Insomnium é mais uma banda finlandesa de melodic death, formada em 1997 e "Since The Day It All Came Down" foi seu segundo álbum, lançado em 2004 pela Candlelight Records, que já trabalhou com Enslaved, Emperor e muitos outros. Mas não é uma banda padrão de detah melódico. Quando falamos neste estilo automaticamente vem em nossa mente coisas como In Flames, Children of Bodom ou Dark Tranqüillity, certo? Mas o Insomnium é uma banda muito mais melodiosa, com passagens acústicas carregadas de melancolia e letras que certamente não servirão de inspiração para tornar seu dia melhor. Falando deste álbum, podemos dizer que não na semelhança, mas próximo à proposta, ele tenha algo de Projector, o melhor trabalho do D.T., ao menos na melancolia, e dos vocais de Johan Hegg do Amon Amarth, pois o vocal rasgado de Niilo Sevänen lembra o do sueco. Verdade é que Niilo sempre emenda vozes limpas, muito mais faladas que cantadas, devemos registrar. O som não chega a ser aquele death rápido, mas moderadamente caminha sem soar presunçoso. A capa é um clichê que não sai de moda, com uma paisagem de árvores e algum efeito, mas combinam com o logo da banda, e tem uma beleza simples e ao mesmo tempo congelante. Músicas como "Resonance" e "Nocturne", ambas instrumentais, poderiam estar em qualquer álbum de doom metal, com sua beleza triste de arrancar gotas dos olhos. A faixa título, que é a primeira música completa após a instrumental "Nocturne" tem quase tudo aquilo que o Insomnium veio para entregar. Ela é uma das faixas mais rápidas do álbum, tem a pegada clássica do melodic death metal e ainda sobra espaço para uma melodia acústica para relaxar a mente. Sua letra começa dizendo "de agora em diante há uma ausência de sorriso" e é uma ótima sacada para aqueles que pegarem o play para ouvir sem saber do que se trata. Em matéria de lirismo, a abanda manda muito melhor que muitos de seus conterrâneos de mesmo estilo. Outra singela característica é aquela melodia de guitarra na faixa "Daughter of the Moon", naquele quase folk que o Amorphis fazia com magnitude em seus primórdios. Um álbum bem interessante de se ouvir em noites frias.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário