domingo, 2 de junho de 2024

20 anos de Beyond The Apocalypse do 1349!!!


A banda 1349 formada na Noruega em 1997 lançou sua primeira demo 1 ano depois com os músicos Ravn nos vocais e bateria, Balfori e Tjalve nas guitarras e Seidemann no baixo e em 2003 tinham seu debut "Liberation" registrado via Candlelight Records, já com o novo guitarrista Archaon no lugar de Balfori e Frost (ex Gorgoroth) na bateria, deixando Ravn se concentrar apenas nos vocais. Com a mesma formação do debut e pela mesma gravadora, o 1349 (nome criado em referência ao ano em que a peste negra chegou à Noruega, matando 60 % da população) lançou em 2004 o poderoso "Beyond the Apocalypse", um álbum fedendo a enxofre, praticando o mais cru dos black metals. A capa é basicamente a preferida por bandas com a crueza e crueldade deste estilo, mostrando um rosto de corpse paint em meio à escuridão completa, como se estivesse gritando e com ódio. As músicas de "Beyond the Apocalypse" são extremamente rápidas, com a bateria de Frost batendo numa velocidade estrondosa, que me deixaria com lesão nos braços só de tentar emular o que ele faz. Temos riffs frios de guitarras, e vocais rasgados, transmitindo o tempo todo muito rancor. Não temos nenhuma novidade neste álbum, aliás, o black metal cru no melhor estilo norueguês é bem limitado se falarmos de surpresas, para isso foi inventado o termo "Symphonic", então o que podemos enfatizar em um álbum como este é a seriedade e naturalidade com que é executado, e nisso o 1349 tirou um 10, uma vez que as músicas gravadas parecem seguir uma responsabilidade quase militar. "Chasing Dragons", que abre o petardo, mostra quase tudo em que se espera da banda, alternando batidas rápidas e explosivas de bateria, além de uma passagem mais climática, que dura apenas alguns segundos para voltar à destruição. A faixa título começa com alguns arpejos interessantes de guitarra, que logo descamba para a pancadaria, e mais uma vez ficamos de queixo caído com a eficiência de Frost. Vale citar aquela que é a melhor música deste trabalho, em minha opinião, "Singer Of Strange Songs", que começa com o som do baixo sobre os pedais duplos e quando entram guitarras e vocais ela segue em um ritmo menos acelerado que ganha peso até que lá pelos 2 minutos caia numa explosão de bateria. Um álbum interessante para quem não busca muitas identidades diferentes na mesma obra e se deleita no caos.

 

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