sábado, 22 de novembro de 2025

20 anos de Darker Designs & Images do Siebenbürgen!!!


Os suecos do Siebenbürgen chegaram ao seu quinto trabalho em 2005, Darker Designs & Images, novamente lançado pela Napalm Records. Este álbum marcaria o encerramento da primeira fase da banda, já que no ano seguinte eles entrariam em hiato. Cada vez mais distante do black metal inicial — mas ainda mantendo a aspereza dos vocais rasgados e guturais — o grupo se aproximava de vez do gothic, moldando aquilo que nos acostumamos a chamar de dark metal. Nada mais natural para uma banda cujo nome significa, em alemão, Transilvânia, a terra do Conde Sangrento.

Para este trabalho, ocorreram duas mudanças importantes na formação. A primeira foi a entrada do baixista Niklas Sandin, que mais tarde assumiria definitivamente as quatro cordas do gigante Katatonia, onde permanece até hoje — uma bela carreira de quinze anos. A segunda, e bem mais sensível, foi a saída da icônica vocalista Kicki Höijertz, adorada pela base de fãs, substituída por Erika Roos. Embora a mudança tenha causado certa resistência entre os fãs mais radicais, suas vozes possuem timbres tão semelhantes que muitos sequer notaram a troca à primeira audição.

A arte da capa, em tons de azul, abandona as vampiras sanguinárias do passado e apresenta novamente a figura de um anjo. A ilustração, obra do pouco conhecido Stephan Stölting, é belíssima e casa com o clima melancólico e atmosférico do álbum.

Musicalmente, o Siebenbürgen revisita lampejos de fúria em “Of Blood and Magic”, uma faixa mais veloz que remete aos momentos agressivos da fase anterior. Porém, o disco como um todo é dominado por composições mid-tempo, densas e sombrias. Logo na abertura, “Rebellion” traz Marcus Ehlin cantando de forma mais gutural do que o habitual, como se anunciasse uma mudança de rumo — que, no entanto, não se concretiza. A partir de “As Legion Rise”, ele retorna aos rosnados característicos.

A presença feminina, elemento essencial da essência da banda, ressurge em “A Crimson Coronation”, aproximando o som do gothic e reforçando a identidade melódica que sempre funcionou tão bem. O mesmo acontece em “Remnants of Ruin”, que se destaca justamente por esse diálogo entre vozes — um dos maiores acertos do Siebenbürgen desde seus primeiros trabalhos.

O Siebenbürgen pertence àquele seleto grupo de bandas extremamente interessantes que nunca chegaram a explodir como mereciam, mas que cultivam um nicho fiel de fãs que apreciam essa agressividade romantizada, cheia de atmosfera e tragédia.

E, claro: não deixe de ouvir “Harvest for the Devil”. De preferência acompanhado de um bom vinho — porque certas trevas pedem um brinde. 🍷🦇


 

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