sábado, 15 de agosto de 2020

20 anos de The Chainheart Machine do Soilwork

 


O segundo álbum dos suecos do Soilwork também saiu pela Listenable Records, em 8 de fevereiro de 2000. Com duas mudanças significativas na formação, sendo o baterista Jimmy Persson dando lugar a Henry Ranta, e principalmente com a entrada de Ola Frenning na guitarra no lugar de Ludvig Svartz que passou a contribuir muito para a banda. A arte da capa e os primeiros segundos da faixa título que abre o disco mostra um pouco das influências industriais da banda, e podem até enganar quem não conhece o Melodic Death Metal dos caras. No som temos muito daquilo que o In Flames fazia na fase Clayman e Colony, talvez com um pouco mais de agressividade e algumas quebradeiras de ritmo. "Bullebeast" tem um belo trabalho de bateria, ora bate estaca ora inserindo passagens intrínsecas. além de solos de guitarra muito criativos. Fredrik Nordström produziu e cuidou das mixagens, deixando tudo muito bem balanceado, pois o Soilwork vinha para ocupar seu espaço num cenário em crescimento e que já tinha suas principais referências, como o já citado In Flames, Children of Bodom, Dark Tranquillity e os mestres do At The Gates. E a pancada continua em faixas como "Millionflame" e "Generation Speedkill" que apesar de imprimir muita melodia nas guitarras, o vocal de Speed Strid não deixa esquecer que a coisa é bruta e urgente. Completam a banda o baixista Ola Flink, Holmberg nos teclados e na outra guitarra e outro pilar da banda Peter Witchers. Cabe dizer que tanto o baixo quanto o teclado são praticamente inaudíveis neste play. Não que tenha algo a ver com o trabalho de Nordström que já elogiei aqui, mas não há nenhuma preocupação da banda em deixar o baixo na cara, numa passagem mais acústica ou num momento mais introspectivo, o mesmo há que se dizer do teclado. O Soilwork queria apenas guitarras, vocais e bateria tomando conta de tudo. Tudo bem, eles fizeram um álbum muito bom mesmo assim, tanto que depois disso foram contratados pela Nuclear Blast. Vale frisar que os solos de guitarra deste trabalho são todos sensacionais, mas os já citados em Bullebeast e os solos de "Spirits Of The Future Sun" e "Machine Gun Majesty" são de deixar os dedos dormentes. Lindos! Um álbum essencial pra quem curte um "Colony" ou um "Slaugther Of The Soul".

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