Que arregaço!!! O Murder Rape de Curitiba chega ao seu 5º opus de forma esmagadora, e lança seu melhor trabalho desde o espetacular ...and Evil Returns de 1996. O baixista Agathodemon, único membro original da horda, conseguiu neste play uma equipe negra de respeito, que criou um trabalho que já pode ser considerado um dos melhores já compostos em terra brasileira. Malus Absolutum que saiu também no formato Digipack contém duas artes para capa, esta apresentada em nossa resenha que vem internamente e outra preta com menos detalhes por fora, que ficou ainda mais bonita. Aliás a arte gráfica que a parceria Cogumelo, Greyhaze e Mutilation proporcionaram é de primeiro mundo. No time temos o baterista Warhate Sower e o guitarrista Meleventum, ambos há aproximadamente 15 anos na banda e que já haviam participado do álbum "For Evil I Spill My Blood" de 2013. Debutando em estúdio temos o vocalista Sadistic Punisher e o guitarrista Bloodshed, com passagem pelo Great Vast Forest. E meu amigo da escuridão, que trabalho sensacional de guitarras e vocais temos neste artefato. Após a intro "Ad Invocatio" temos a música "Let The Age of Antichrist Come" num ritmo acelerado com pedais duplos bem encaixados e um riff bem legal quando o ritmo cai para algo mais cadenciado até a entrada dos teclados quando a atmosfera fica bem mais carregada e podemos ouvir plenamente o som do baixo. Bom dizer que os teclados ficaram a cargo dos convidados Fernando Nahtaivel que gravou os teclados do último Amen Corner e toca no Eternal Sorrow além de J. Serial. Na sequência "Sing, Attack And Triumph" resgata aquela aura arrastada que tanto curto na banda, pois é o que eles sabem fazer de melhor. Nesta música já se destacam os vocais de Punisher, perfeitos para o estilo num rasgado forte e cavernoso. "Majestic Funeral" é uma faixa épica, a maior do álbum, com batidas de marcha em seu início e um peso descomunal nas guitarras acompanhadas por um teclado fúnebre que por algum motivo me recordou o Bathory. Pra mim já é uma das melhores músicas da banda! "Depravatio Insana" serve de abertura para "R.L.M.R. (Blood Stained Nights)", outra faixa longa e talvez a que tenha o melhor trabalho nos vocais, e um ritmo hipnotizante. "Goat Rules" é uma regravação de um dos grandes clássicos da banda, presente no debut "Celebration Of Supreme Evil" e ganhou mais peso, e que nos primeiros momentos teve uma parte original tocada em teclado substituída pelo baixo, que ficou "foda" demais. "For Evil I Spill My Blood" vem para dar continuidade na tradição do Murder Rape de sempre batizar uma música de seu álbum com o título do álbum anterior, detalhes que os fãs adoram descobrir. Na sequência aí sim temos uma versão para um hino do Bathory, "The Return Of Darkness And Evil", do clássico "The Return..." de 1985 que encaixou perfeitamente no som dos curitibanos. E o opus fecha com "Sumus Flammae Inferni", faixa com teclados e vozes no estilo gregoriano. Parabéns ao Murder Rape por apresentar um trabalho tão sério e honesto, com qualidade indiscutível.
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