domingo, 24 de janeiro de 2021

20 anos de The Great Beast do Mystic Circle


O Mystic Circle da Alemanha estava passando por mudanças, eliminando uma segunda guitarra e aos poucos transformando seu Melodic Black em um Black/Death que gravaria seus dois próximos álbuns como um trio. Porém em The Great Beast eles conservavam-se no Black, com uma veia ainda mais melódica que nos consagrados Drackenblut e em Infernal Satanic Verses. O baterista Sven Meesters (Aaarrrgon) deu lugar a Blizzard, que só gravou este álbum, e Baalsulgorr se despedia nos teclados, enquanto Ezpharess comandava as guitarras e o carecão Graf Von Beelzebud (Marc Zimmer), baixista original do grande Crematory, novamente comandava vocais e baixo. A arte da capa volta a ser obscura como no segundo álbum, aparentemente simples, porém com muitos detalhes caso você comece a prestar atenção. O som do Mystic Circle perde em velocidade neste álbum, e os teclados mais uma vez estão à frente, mesmo que os riffs de guitarra estejam lá desempenhando seu papel. As guitarras também se mostram melódicas em alguns momentos, como na melodia inicial de "Lucifers Angel", e quando os riffs mais frios entram os teclados continuam executando a mesma melodia. Os vocais de Zimmer estão mais voltados para o gutural que anteriormente, o que dá um ar de mais seriedade ao trabalho, ao passo que as letras continuam sem evolução. Vocais femininos aparecem de forma tímida, porém bem colocados em faixas como "Spirits In Black", que também conta com bons solos de guitarra, e em "Eyes of Horror". O melhor momento do álbum ficou a cargo da última música, a grande "And Evil We Shall Die", que também conta com vocais femininos, passagens intercaladas entre mais rápidas e desaceleradas e teclados clássicos. Um álbum mais coeso e maduro do Mystic Circle, porém menos agressivo, com belas harmonias e que merece um relançamento, porque todas as suas versões saíram no mesmo ano de 2001, e hoje são peças raras.

 

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