domingo, 31 de janeiro de 2021

20 anos de Evil Shall Burn Inside Me Forever do Murder Rape.

 


Quem acompanha a carreira do Murder Rape do Paraná desde seus primeiros dias já percebeu algumas características peculiares em seus álbuns. A primeira delas é a palavra "MAL" nos títulos dos petardos, na maioria em inglês e no último trabalho em latim, e Evil Shall Burn Inside Me Forever poderia ser um título afirmando que as raízes do Black Metal se manteriam para sempre com a banda firme no propósito de propagar o caos. A outra característica é de batizar uma música com o título do álbum anterior, então temos "...and Evil Returns" abrindo este veloz opus. Rápido porque todo extremismo da banda está condensado em menos de 30 minutos, e porque este é o play com as músicas mais rápidas da banda. Tudo bem que o início de "Mistress of the Gloomy Nights" apresenta um início mais mórbido e próximo ao Doom, como nos álbuns anteriores, mas logo também descamba para a pancadaria. Esta mudança na pegada é explicada pela mudança de formação, pois o guitarrista Azarack, o baterista Ichthys Niger e o vocalista Sabatan saíram da banda para formar o Evil War. Então Ipsissimus (guitarra) e o líder Agatodemon (baixo e backing vocals) recrutaram Dagorlad para as baquetas e Nargothrond para os vocais. O álbum saiu pela gravadora da banda, a Evil Horde e tem uma arte gráfica bem trabalhada. Além das faixas citadas, outro grande destaque é Z.O.E. que se mostra arrastada, com guitarras naquele estilo funerário do álbum de estreia. Um grande álbum, que pode ser considerado o preferido por uma parcela de fãs, em detrimento de outros que já estavam acostumados com o som mais arrastado da banda e por isso o deixam numa posição intermediária na discografia, uma vez que os dois primeiros são clássicos irreparáveis e os dois últimos buscam uma renovação daquele som pelo qual a banda se apresentou para nosso mundo de trevas.

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